CAPÍTULO 17 - ADEUS, PRINCESA...

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Peter, sem pensar duas vezes, correu à frente de sua amada e colocou sua mão em sua bochecha.

— Carol, não Carol, não vá! — Seus olhos encheram de água.

A tomou em seus braços e a abraçou chorando.

— Não Carol, não me deixe... por favor! Não quero perder mais ninguém! — Soluçava chorando, para ele sua mente apenas concentrava em sua amiga, seu maior amor. — Você fez meu mundo melhor, quando eu a encontrei e me disse que também era Mirroriana, meus sentimentos e meu amor cresceu. Não vá!

Jack chorando, colocou sua mão no ombro de seu irmão, todos abaixaram a cabeça entristecidos, a chuva voltou, molhando todos novamente.

Chris apontou sua cabeça para eles fazendo a água contornar em volta de seus amigos, assim eles não se molhava.

Peter olhou para ela e disse fungando:

— Ca...rol, eu te... amo. — Soluçava entre a frase.

Ela levantou o braço vagarosamente e disse enxugando as lágrimas de seu amado.

— Peter, eu também... — ela tossiu sangue. — Eu também te amo, mas finalmente poderei viver com minha mãe. Por favor, Peter, me prometa que não deixará de ser feliz por mim, isso me fará morrer consternada.

— Carol, a morte nunca será feliz! — Gritou Peter desesperado.

Ela sorriu, foi um sorriso carregado de dor e felicidade, foi um sorriso sincero, sem preocupações, assim ela falou suas últimas palavras fracamente:

— Peter... eu sempre estarei com você... — relou em sua testa — basta você acreditar.

Sua cabeça fraquejou e caiu para trás, seu coração parou e sua aura mística escureceu como depois do pôr do sol de um dia normal.

Jack abaixou a cabeça chorando, já Peter olhou incrédulo sem reação, apenas disse com os olhos arregalados:

— Por quê? Por quê? POR QUE MUNDO? Por que tudo isso? Porque... — derramou suas última lágrimas.

Concordo. Por que a Carol? É a prova que o destino é imutável, porém ele pode ser transmudado comedido, e isso se aplica no momento.

Entretanto, algo bizarro aconteceu. Uma voz doce e cheia de ternura surgiu a frente:

— Peter sem respostas? Quem é você o que fez com o verdadeiro?

Ele olhou em volta e percebeu que tudo estava paralisado, Jack com a cabeça baixa em seu lado, a chuva parada no ar e Carol em sua frente, brilhando amarelo com a pele mais clara, vestida por longos vestidos brancos, e atrás um grande arco-íris que saia do céu ao chão.

— Co... como? — Viu que em seus braços sobrou somente suas roupas e alguns objetos.

Ela riu.

— A morte nem sempre é ruim. Agora meu maior sonho foi realizado, posso viver ao lado de minha mãe.

— Carol, não... o que será de mim? — Pode ter parecido egoísta, mas na verdade ele apenas não conseguia aceitar o que aconteceu.

— Você sempre será aquele garoto dos olhos roxos sorridentes, estudioso e dedicado, sempre será quem é, nosso Protetor.

— E... o que será de você?

— Estarei feliz por estar vivendo meu sonho, mas triste por perde-lo. Não encare a morte como uma inimiga, nunca veja as desvantagens ou momentos ruins como algo desagradável e inútil. São desafios que irão mudar sua vida, obstáculo que farão subir e conquistar o que realmente deseja.

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