Em Um Universo Refletido

PRÓLOGO

14 anos atrás...

Em uma sala vazia e escura, cheirando a mofo, feito de pedras, havia um ser humanoide sentado em uma poltrona de ouro. Cabelos e barbas longas brancas pela idade, vestido a mantos azuis e vermelhos tocando no chão. Em seus pés, sentada 3 lindas mulheres usando vestidos longos.

A primeira segurava um conjunto de linhas cinzas tecendo, a do lado retinhava o conjunto pronto, embolado em uma esfera, enquanto a outra cortava pouco em pouco com uma tesoura estranha prateada.

O ser no trono, ainda dormindo soava horrores e acabou acordando respirando ofegantemente com sua mão direita no peito esquerdo.

— Pai, está bem? — perguntou a mulher do meio sem demonstrar reação e parar o que fazia, parace ser fria ou só deve ser normal seu pai acordando suado e tendo um ataque.

— Está na hora — disse com um tom fraco.

As mulheres levantaram imediatamente e pularam em uma lagoa, onde desapareceram entre o ciano e o brilho das águas.

A lagoa tremeu, saindo de lá uma moça, vestida com mantos brancos, cabelos compridos pretos, alta e magra e com olhos azuis escuros — um pouco anormal essa cor de olhos.

— Moros, me disseram o que aconteceu, tem total certeza?

— Sim Ananque, minhas previsões nunca falham. — O senhor de idade olhava para o lado enquanto sua cabeça permanecia para a donzela, será que não podia olhar para a mulher em sua frente ou será outra coisa?

Em seguida fechou a mão e abriu, surgindo 9 pedaços de pergaminhos pequenos amarelados, também tirou de dentro de sua manta um livro grande felpado azul.

— Pegue e entrega às musas. Sabem onde guardar essas profecia.

Ananque curvou ao chegar perto e pegou de suas mãos.

— E quanto aquelas duas incompetentes? — falou preocupada.

— Diga a elas que podem levá-los, nada os machucará.

A moça curvou e se despediu, pulando no rio e desaparecendo nas águas calmas e cristalinas.

Moros descansou em seu trono e fechou os olhos, dormindo novamente, porém agora, embarcando em outro sonho, também perturbador, acredito eu.