Capítulo Três

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Votem e comentem!

Boa leitura 💕

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Você não pode salvar os outros até que você primeiro salve a si mesmo.
ㅡ Os instrumentos mortais, Cassandra Clare

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Singto estava atrasado mais uma vez. Pensou que já tinha superado essa fase, mas não poderia culpar ninguém; ele só havia chegado cedo uma vez e já estava se achando a pessoa mais pontual do universo, então parecia óbvio que no dia seguinte as coisas voltassem ao seu devido lugar.

Assim como nas demais vezes em que esteve atrasado, Prachaya corria pelos corredores da universidade querendo chegar o quanto antes em sua sala. O que não demorou muito para acontecer; depois de tropeçar em algumas pessoas que estavam no seu caminho e de murmurar alguns xingamentos, ele finalmente estava na sua sala, e usou o mesmo método de sempre: disfarçar o suficiente para que o professor não percebesse sua entrada triunfal.

Prachaya mal havia sentado em sua carteira quando seus olhos automaticamente varreram toda a sala à procura dele, um ato inconsciente sobre o qual ele não pôde fazer nada.

Ele até mesmo chegou a ter pensamentos idiotas de que seus olhos estavam apaixonados pelo garoto de capuz.

Após observar toda a sala, Singto viu o garoto sentado no lugar de sempre e na mesma posição de todos os dias, ou seja, de cabeça baixa.

Às vezes, Prachaya se questionava se nenhum professor percebia que Krist estava sempre assim nas aulas ou se eles apenas ignoravam essa situação, e a conclusão à qual Singto chegava sempre que pensava nisso era que, talvez mesmo sem o garoto prestar atenção olhando diretamente para o professor durante a explicação, ele podia compreender o conteúdo estudado apenas ouvindo, o que resultaria em boas notas e nenhum professor o perturbando.

E por esse motivo Singto sentiu uma leve pontada de inveja, pois mesmo quando estava prestando atenção na explicação, sua mente viajava para longe, como estava acontecendo naquele exato momento.

"Notas ruins... É isso que me espera no final desse semestre."

Prachaya decidiu não olhar demais para Krist, pois não queria que ele se sentisse desconfortável, já que tinha a plena certeza de que ele sabia que alguém o estava observando. Então pegou sua caneta e começou a fazer anotações sobre a aula.

Depois de algumas horas entediantes, a aula terminou, deixando Singto feliz por finalmente estar livre ㅡ não que ele tivesse algo de importante para fazer agora, mas queria chamar um certo alguém no Twitter para conversar.

Quando saiu da sala, caminhou até um dos bancos livres espalhados por todo o campus e se sentou. Como não queria ir para o seu dormitório naquele momento, decidiu ficar ali por um tempo.

Sem esperar mais um minuto, Prachaya tirou seu celular do bolso, desbloqueando-o em seguida, entrando na rede social e, sem pensar muito, enviou qualquer coisa que lhe veio à mente.

@toevil:
hey, que tarde maravilhosa, não é?

@kiteid:
fale por você :)

@toevil:
hum

@toevil:
o que acha de tomarmos um chá gelado?

Mark Of The Past (KrisSing // SingtoKrist)Onde histórias criam vida. Descubra agora