Mark Of The Past (KrisSing // SingtoKrist)

Capítulo Doze

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Boa leitura ❤

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"Quando eu te conheci, as flores começaram a crescer nas partes mais escuras da minha mente."
ㅡ Jhennifer Werneck

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@toevil:

eu tenho TDI, Krist

@toevil:

o famoso transtorno dissociativo de identidade

@kiteid:

o quê?

Minutos se passaram e Perawat não obteve nenhuma resposta.

@kiteid:

Singto?

@kiteid:

??

@kiteid:

?

Em vez de Krist receber uma resposta do mais velho, o que ele recebeu foi uma carga de sentimentos depois de ler e reler várias vezes a última mensagem enviada por Singto: "Eu tenho TDI, Krist". Isso não saía da mente de Perawat. Singto estava dizendo a verdade ou brincando com ele?

Durante toda a sua vida, ou melhor, durante todo o tempo que Krist se lembrava, ele sempre foi inseguro diante de diversas situações, nunca teve autoconfiança e sempre achava que os outros estavam brincando com ele ou com seus sentimentos. Perawat acreditava que ninguém seria capaz de amá-lo, sentia-se sujo, e suas cicatrizes apenas contribuíam para esse sentimento de auto rejeição.

Então, ao ler aquela mensagem, pensou que Prachaya apenas havia se cansado dele e estava inventando uma desculpa. No entanto, quando pensava melhor sobre isso, Krist chegava à conclusão de que Singto não faria algo do tipo. Prachaya não era assim. Os olhares que o mais velho direcionava a ele sempre esbanjavam um misto de sentimentos: ternura, admiração, carinho... E mesmo algo mais, que Perawat talvez até se atrevesse a deduzir que era amor.

Singto beijara suas cicatrizes como se elas fossem preciosas, e, ao pensar naquele momento, Krist lembrava de ter se sentido único; pela primeira vez, ele sentiu que não era mesmo uma aberração. E pensando nos momentos que tivera com o mais velho, Perawat se levantou com dificuldade da cama do hospital e caminhou em direção ao quarto vizinho.

Queria conversar com Singto.

Mas tamanha foi a sua surpresa e decepção ao encontrar o quarto vazio assim que abriu a porta.

Singto não estava mais lá.

Ele demorou demais para chegar até o garoto.

Krist voltou para seu quarto e pegou o celular, procurando o número de Prachaya nos contatos e ligando para ele em seguida, em uma tentativa boba de falar com Singto, mas já sabia que não haveria resposta, não naquele dia.

Mas Perawat não esperava que Prachaya fosse sumir por uma semana e voltar na segunda-feira como se nada tivesse acontecido, esbanjando um sorriso largo no rosto enquanto caminhava ao lado de Boun. Krist pensou em apenas adentrar o prédio e procurar sua sala, mas por alguma razão, ele esperou Singto alcança-lo.

ㅡ Bom dia, Prachaya ㅡ Krist falou suavemente assim que o mais velho o encarou.

ㅡ Oh, bom dia ㅡ Singto respondeu sem muito ânimo.