N/A: Eu literalmente não tenho nenhuma defesa pra ter demorado tanto pra postar, mas se serve de alívio, nesse tempo eu fiz o planejamento da fanfic inteira, então creio que o próximo capítulo sai logo. Enfim, aproveitem! Qualquer forma de suporte me deixa muito feliz!
~*~
Substantivo masculino
1. linha que determina uma extensão espacial ou que separa duas extensões.
2. momento, espaço de tempo que determina uma duração ou que separa duas durações.
3. ponto extremo que não pode ou não deve ser ultrapassado.
4. falta de perfeição; insuficiência, defeito.Meu corpo balançava no ritmo da música, enquanto meu dedos dedilhavam quase que involuntariamente sobre as cordas do meu violoncelo. Eu não fazia ideia de quanta saudade eu tinha de tocá-lo até eu ser basicamente forçada a tirar ele do porão pelo Castiel.
O mesmo se encontrava do meu lado, dedilhando calmamente o seu violão, pra formar a melodia que nós tocávamos juntos. Seus cabelos vermelhos retocados a pouco tempo não mostravam nenhuma raiz preta, e a parte de cima estava presa por uma presilha na parte de trás de sua cabeça, para impedir que os longos fios vermelhos atrapalhassem sua visão, e ele não parecia pretender cortá-los tão cedo.
Nossas primeiras sessões de treinamento foram lentas, enquanto o Castiel me guiava meticulosamente pelas notas nas partituras, e eu me acostumava com o sentimento do instrumento em meus braços. Mas com o passar dos dias, nossas melodias pareciam se encaixar cada vez mais.
Olhei para a partitura quando o refrão se aproximou, soprando para longe a franja que caia em meus olhos.
Fá, Si, Si, Sol.
Sol?
O Castiel parou de tocar, pousando uma mão sobre as cordas do violão para abafar o som, e esticando o corpo para pegar, com a outra mão, um brownie do potinho fofo que eu preparara.
- Cara - Ele comeu um pedaço do brownie - Isso daqui tá ficando muito bom, tu só tem que parar de confundir o Dó com o Sol - Eu choraminguei, deixando minha cabeça cair na parte de trás do sofá.
- Mas a posição dos dedos é quase iguaaal
- Essa é a quinta vez que você confunde isso, hobbit
- Não vale você reclamar comigo por não ter prática. Você só anda com essa coisa na mão - Apontei pra o violão em seu colo - Eu não lembro mais da sua silhueta sem ele. Me dá calafrios.
- Quem é mais ameaçador: alguém que quer passar a vida com um violão na mão, ou alguém que quer passar a vida com uma faca na mão?
- Cala a boca, se não a primeira vítima da minha faca vai ser você - Grunhi olhando para o teto - Pelo menos cozinhar é uma habilidade útil. Não sei como você sobrevive sozinho nessa casa.
- Miojo - Eu conseguia escutar o sorriso em sua voz.
- Você me enoja.
Castiel gargalhou, levantando do sofá num impulso, e eu ouvi o barulho da torneira abrindo.
- Aqui - Ele colocou um copo de água na mesinha de madeira a minha frente - Bebe.
O copo de vidro era simples em design, assim como o resto da casa do Castiel. Apenas os moveis necessários em tons terrosos, e alguns pôsteres de banda. Aconchegante, e a cara do dono.
Eu bebi toda a água em um gole e peguei meu violoncelo, enquanto ele se aproximava para explicar o meu erro.
- O que você tá fazendo é isso - Ele colocou meus dedos na posição. Meu celular apitou no meu bolso - Você tem que fazer assim, o dedos vem uma corda pra a diagonal cada. Toca agora - O meu celular apitando mais duas vezes no meu bolso me distraiu da nota perfeita que ecoou do instrumento, e Castiel se encostou no sofá - Vai ver o que é.
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Unpredictable - Priya
FanfictionAnnelise finalmente chega ao terceiro ano do ensino médio, e tudo parece estar acontecendo rápido demais. No meio desse mar de emoções, sofrendo enquanto esconde um amor não correspondido de quase três anos, a garota se depara em um cenário imprevis...