Unpredictable - Priya

Plano

N/A: Oi! Eu vim aqui me desculpar com vocês pela demora, o EAD não tava bom pra ninguém. Mas agora eu estou de férias, e vou tentar escrever o máximo pra vocês! Como sempre, todo o feedback é apreciado, espero que gostem.

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Adjetivo

1. cuja superfície é lisa, sem desigualdades de nível.
2. que se caracteriza pela simplicidade.

Substantivo masculino

3. projeto, esboço, desenho (de uma construção, um jardim, uma obra qualquer).
4. projeto ou intenção.

     Eu mordi meu lábio quando ela desviou o seu olhar. A atmosfera tensa entre nós permaneceu por um tempo, enquanto olhávamos para as estrelas em silêncio.

- Tá ficando tarde, meus pais vão ficar preocupados se eu não aparecer - eu murmurei coçando a minha nuca de maneira desajeitada, numa tentativa de diminuir a tensão - Eles sabem que eu vou voltar a pé.

Ela se impulsionou para cima com as duas mãos, e se levantou, saindo da proteção proporcionada pelo cobertor com um suspiro.

- Vamos então - Ela estendeu a mão com um sorrisinho que eu correspondi, deixando a atmosfera entre nós um pouco mais leve. - Sua casa é muito longe daqui?

- Não - Eu respondi, usando a sua mão para me impulsionar para cima, e passei a mesma mão pela minha saia que estava empoeirada por estar sentada no telhado. Estranhamente, eu não me arrependia - Se eu for pelo parque a caminhada é curta, e o caminho é bem iluminado.

- Então eu te levo lá

- Não precisa! Eu posso voltar sozinha, é perto!

- Exatamente, é perto, por isso não tem problema eu te levar lá - Ela se agachou na borda do telhado, em preparação pra pular na casa vizinha. Eu me apressei para acompanhá-la, e ela pulou.

   - Mas você vai ter que voltar sozinha mesmo assim - Eu franzi minhas sobrancelhas quando ela não disse nada em resposta, e apenas ofereceu sua mão novamente com um sorriso. Olhei para baixo, finalmente lembrando da altura em que nós estávamos. Grunhi e aceitei a sua mão a contra gosto, fazendo com que ela soltasse uma risadinha divertida.

     Eu pulei para a casa vizinha com o seu apoio, e ela me puxou para que eu me equilibrasse quando eu pousei de mal jeito no telhado. Eu olhei para cima e alcancei seus olhos, tentando parecer intimidadora apesar dos pelo menos dez centímetros que ela tinha de vantagem sobre mim. Seu sorriso brincalhão relaxou para um sorriso suave, que não mostrava seus dentes.

   - Só me deixe fazer isso, ok? Além disso, eu já tive que lidar com coisas piores do que uma caminhada de dez minutos às seis e meia - Ela lançou um sorriso pretensioso por cima do ombro, antes de pular para o seu quarto, aterrissando na cama ao lado da janela com facilidade.

     Eu suspirei, me dirigindo para a janela de seu quarto. Eu não entendia o porquê de ela insistir nessa ideia, mas decidi que não adiantava continuar essa discussão, e ter uma companhia na volta não seria de todo mal...

Parei em frente da sua janela, e ela estendeu sua mão novamente, me fazendo rir com o padrão que eu estava percebendo. Ao invés de aceitar a mão oferecida, eu fiz um gesto com minha própria mão para que ela se afastasse, fazendo com que suas sobrancelhas se levantassem em um sorriso surpreso, mas ela saiu do caminho do mesmo jeito.

Eu me agachei na borda do telhado, respirei fundo, contei até três, e pulei.

Mas aparentemente meu pulo não foi muito bem calculado, porque meu pé prendeu no parapeito da janela, me fazendo cair de cara na cama com um "oof" audível. Priya começou a rir.