Unpredictable - Priya

Sonhos

N/A: Oie! Eu queria pedir desculpas pela demora, o EAD só complica a minha vida. Mas eu fiz esse capítulo gigante com muito carinho, então se vocês gostarem, por favor comentem, isso me motiva muito. Aproveitem o cap!

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Substantivo masculino

1. ato ou efeito de sonhar.
2. conjunto de imagens, de pensamentos ou de fantasias que se apresentam à mente durante o sono.
3. desejo vivo, intenso e constante; anseio.
4. ideia ou ideal dominante que alguém ou um grupo busca com interesse ou paixão.
5. doce feito com massa cozida de farinha de trigo, ovos, leite, frito em gordura e ger. polvilhado com açúcar e canela.

- Você tem certeza de que essa é uma boa ideia Anne? - Nathaniel perguntou, desviando o olhar da sua prancheta pela primeira vez desde que eu comecei a falar.

- Bem... Vai chamar atenção né? - Foi mais uma pergunta do que uma afirmação, e eu apertei meus lábios quando ele suspirou, e colocou a tampinha de volta na caneta que usava.

- Nesse aspecto é uma boa ideia sim mas... Você tem certeza de que ele vai se comportar? A gente não pode prometer algo pra ele se recusar na hora - Ele apertou meu braço levemente, com um olhar preocupado. Eu sorri.

- Ele me prometeu. Pode parecer absurdo, mas o Castiel é um cara de pala-

- Nathaniel!? Ótimo! Vamos, a senhora Shermansky tá te procurando - Melody entrou na sala do Grêmio quase como um furacão, praticamente arrancando a mão do Nathaniel, que descansava no meu braço, e o puxou para fora da sala

     Eu suspirei quando ele saiu de vista. Lidar com os surtos de ciúmes cada vez mais frequentes da Melody estava começando a ficar cansativo. Não era segredo pra ninguém que ela tinha um precipício pelo Nathaniel, definitivamente não era coisa nova, mas tudo parecia mais... Intenso?

     Balancei minha cabeça bruscamente como maneira de me livrar desses pensamentos, e me arrependi no momento que eu parei, quando eu vi a sala ao meu redor girar, e diversos fios ruivos caindo no meu rosto, de onde eles estavam antes perfeitamente presos em um coque no topo da minha cabeça.

     Tropecei para fora da sala, murmurando xingamentos quando, graças a tontura, eu quase caí de cara no chão no meio do corredor. Tinham milhares de maneiras que eu preferiria ter passado o meu intervalo, e esperando o Nathaniel ter cinco minutos livres pra escutar os meus planos pra o show de talentos não era uma delas.

     Soltei meu cabelo enquanto andava, decidindo que tentar encaixar os cabelos caídos de volta no coque era um caso perdido, e assisti com dor no coração o coque eu tinha feito cuidadosamente aquela manhã se desfazer em meus dedos.

     Suspirei, puxando o elástico que previamente prendia meus cabelos, e o acomodando entre os meus dentes, enquanto eu começava a juntar os fios novamente.

     O Nathaniel tinha lutado muito por essa posição de presidente, e mesmo depois de tudo o que aconteceu com o seu pai, ele não parecia pronto pra abrir mão disso. Era bom saber que ele fazia isso porque gostava, e não como fruto da pressão constante dos seus pais, apesar de todas essas tarefas o deixarem sempre ocupado. Principalmente no segundo semestre do último ano, com as provas se aproximando...

     As provas se aproximando.

     Permiti que minhas mãos caíssem para os lados do meu corpo quando decidi que o rabo de cavalo improvisado estava bom o suficiente. As provas estavam se aproximando, e eu tinha que fazer alguma coisa para a Priya, afinal, ela ia me dar aulas sem pedir nada em troca.