Pelas Mãos Do Imperador

Capítulo Dois: Um Vilarejo Antes Não Explorado(Flashback On)

Província do Oeste, Cinco anos atrás.

- Tome cuidado, quanto tempo ira passar aqui? - o homem alto perguntou ao que cavalgava ao seu lado.

- Não sei, por que está me perguntando isso? deveria ir embora, não pedi que me trouxesse até aqui - respondeu de forma calma para não parecer grosseiro.

- Meu trabalho é guiar quem entra por essas bandas, ainda mais sendo o senhor - deu meia volta - Não direi ao imperador que lhe vi como prometido.

Agradeceu, não estava fugindo de casa, ou talvez estivesse, bom se estivesse isso já durava quase cinco anos. O problema era que Zhan queria ser um médico, ajudar pessoas e servir ao seu tio como seu braço direito, não ligava de entrar no campo de batalha contanto que podesse curar os feridos depois. Sobretudo, ele que era como um pai pra si queria-o sentado sobre o trono gélido que comandava toda a dinastia, queria que ele desse a ordem de comandar as tropas e não que as comandasse, que fosse tratado caso ficasse doente e não que trata-se outros. Se sentiu frustado com tudo aquilo que ouviu dele tempos atrás.

"Você é filho de um imperador, sobrinho de outro e será um no futuro também. Custa se comportar como tal? Pare de baboseiras, ainda vai morrer buscando curas e sendo tão teimoso em batalhas. Você não pode fazer tudo que quer só por que deu na telha."

Desde os seus sete anos treinou com a espada, aos onze se interessou pela arte da cura como alguns médicos diziam que sua mãe também se interessava, queria tê-los conhecidos melhor antes de seus desaparecimentos.

Desceu do cavalo, o pequeno vilarejo parecia completamente deserto. Que estranho, pensou. Um barulho ao longe chamou sua atenção o fazendo puxar o alazão para detrás de uma pequena casa, quatro homens riam e andavam pro lado oposto que ele. Na entrada do local que haviam saido alguém choramingava baixo como se pedisse por clemência.

Olhou o senhor logo indo até si e o ajudando a levantar-se, estava todo sujo e a mão sangrava muito. O puxou de modo calmo pra dentro do estabelecimento, retirando um pedaço de pano e um pequeno frasco com remédio da roupa que usava.

- Não precisa disso meu jovem - o homem dizia enquanto tinha a mão cortada, tratada - você é novo por aqui?

- Sim, estou de passagem. Sabe um lugar que posso passar uma semana? Quero ver se tem feridos por aqui ou doentes e cuidar deles.

- É um médico? - perguntou receoso.

Ele não tinha culpa, muitos diziam a mesma coisa e quando ganham sua confiança começavam a roubar e saquear o povo inocente. Sua aparência era de um respectivo viajante mais não qualquer um, o cabelo um pouco abaixo da altura do ombro presso em rabo de cavalo tinha vários fios soltos na parte da frente, causava uma impressão despojada e despreocupada mesmo com o belo rosto que o homem tinha, certeza que deveria ganhar alguém só pelo olhar. O jeito que cuidou de sua mão realmente era a de um possível médico.

O cavalo do lado de fora fez um barulho como se o avisasse sobre algo, Xiao se levantou colocando a destra nas costas a onde se encontrava o arco e flesha, estava pronto pra puxar e atirar se eles voltassem, então um garoto apareceu ofegante, aparentava ter uns vinte anos. Parou na porta ao ver a figura meio intimidadora presente.

- Ele é alguem bom, apenas entre A-Xuan - fez um movimento com a mão boa.

- Velho idiota - balbuciou baixo - não me chame assim. Bom que se dane. Aqueles caras eles. Eles prenderam aquele idiota em algum lugar - estava ofegante e mesmo assim ainda tentava relatar a notícia - aquele idiota achou que poderia pegar alguma comida de volta deles e foi, eu disse pra ele não ir! Ele é mais fraco que eu e nem eu conseguiria ir contra aqueles ladrões, quando ele sumiu achei que fosse por não achar o lugar mas fiquei sabendo que esses quase três dias que passou fora, ele estava presso. Vou arrancar os dedos dele quando voltar, e se não voltar eu vou, vou... vou arrancar de seu túmulo - o final saiu baixo e trêmulo, como se não gostasse da ideia proferida.