Pelas Mãos Do Imperador

Capítulo Cinco: ... Que Pode Levar A Despedida (Flashback Off)

- Bom dia Idiota - o outro Wang adentou a casa logo cedo pela manhã indo direto ao primo - pensei que fosse se despedir do senhor Chong - ele nao respondeu, não moveu nem mesmo um músculo sequer, muito menos abriu seus olhos.

Se aproximou do corpo sobre a cama, o rosto virado pra parede estava quente igual ao fogo que usava para forjar os objetos vendidos na cidade. Se assustou sacudindo-o de leve. Sem reação. Chamou seu nome varias vezes enquanto esse mal respirava, por um milésimo de segundo jurou ter ouvido a palavra "gege" sair da boca alheia.

Yibo estava doente e Chong deveria saber o que fazer.

Com isso em mente correu ao encontro do homem que estava perto da entrada do vilarejo, preparando seu cavalo de nome tosco para partir.

- Chong. Senhor Chong - o chamou alto atraindo a atenções dos dois homens mais velhos, e do cavalo ali parados.

- A-Xuan o que aconteceu? - seu pai perguntou preocupado. E Xiao o olhava esperando que falasse algo.

- Yibo, aquele idiota esta doente. Esta queimando em febre, Chong faça algo.

Assim que as palavras ditas de forma preocupada acabaram Zhan correu na direção do quarto de seu pequeno amigo. Tocou seu braço e logo sua testa, a temperatura era tão grande que poderia queimar uma folha de papel se fosse posta contra a pele macia. Tentava analisar os sintomas. Haoxuan proclamava "idiota" enquanto mandava-o acordar. Seu tio o olhava com preocupação, era um homem velho de idade não queria passar pela morte de alguém tão querido novamente.

- Isso não é bom - o tom baixo foi ouvido com sucesso pelos outros dois presentes - ele tem manchas pequenas crescendo pelo pela, a temperatura esta passando do permitido para um corpo normal, sem falar que é como se faltasse ar para respirar.

- Chong você acha que é a doença de Queimarius? - o velho que reconheceu tais síntomas perguntou calmo para o tamanho da situação.

- Queima- o que? - Haoxuan estava tão confuso que era pior que se perder em um labirinto.

- Queimarius, é uma doença bem antiga. Ela foi nomeada assim por conta do jeito que foi descoberta. - verificou os batimentos cardíacos - em uma noite uma filha do antigo rei do Oeste voltou para casa com uma flor linda como o fogo, os espinhos da desconhecida flor acabou a espetando. No outro dia ela acordou desse mesmo jeito é morreu dentro de um dia e meio, a doença não era contagiosa porém quase toda a casa ficou contaminada depois de tentar jogar as flores fora que aparentavam estar murchando. Os serviçais diziam que era como se os corpos estivesse em chamas e eles fossem queimando aos poucos até falecerem, como em uma queimada.

- Isso não é impossível?

- O ar é a essência que mantém o fogo em combustão, se o ar se esgotar o fogo também se esgotara. seu corpo necessita de ar e é por isso que ele sente queimar por dentre seus ossos e veias, aos poucos o ar vai se esgotar pela dor e a falta de força até para puxar o oxigênio. Quando sua respiração parar ele vai morrer e só então não vai mais sentir a dor da queimarius.

- Tem cura não tem? - seu tio desviou o olhar triste. Saindo do comodo por não aguentar ficar ali, afinal era de conhecimento público que não se existia uma cura - Não... Tem?

- Não. Ao longo dos anos eu até estudei e tentei criar uma, mas nunca cheguei a testar em alguém que tivesse a doença ja que as flores quase entraram em extinção pois depois do ocorrido se criou uma lei para avisar ao povo do quão perigosas eram, por isso o que fiz não conta como um remédio em si.

- Mas podemos tentar, por favor - nessas semanas sempre via os primos brigaram, porém todas as duas vezes que o Wang mais novo estava em perigo Haoxuan demonstrava, mesmo que quase nada, uma extrema preocupação.