O que nos liga

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Capítulo 9

"Não vamos desistir"

Tinha algo quente envolvendo meu corpo enquanto um perfume agradável confundia ainda mais os meus sentidos, eu não sou uma pessoa muito centrada pela manhã, preciso do meu tempo para voltar a mim geralmente leva de três a cinco minutos, hoje no entanto, desconfio que levará um pouco mais de tempo para que isso aconteça.

Esse cheiro é muito bom e me envolve de uma maneira quase absurda me fazendo aconchegar mais no corpo quente e largo acomodado embaixo do meu. Sei que não é Dilara, minha amiga não possui toda essa massa na qual delizo minhas mãos, tão pouco as pernas grossas que sustentam as minhas, com certeza os dedos que apertam minhas costas não são dela. Aquele corpo não é dela e quando me movo sentindo algo rígido contra minha virilha eu tenho a certeza disso, aquele era um homem, um homem aparentemente muito gostoso.

Mas como vim parar nessa situação?

Kerem e eu “discutimos” até a exaustão, e com isso eu quero dizer até que eu o mandasse calar a boca e me sentasse no sofá o que fez com que ele se sentasse também porque aparentemente ele não desistiria do fato de ser pai do meu filho.

Ele era extremamente irritante e um pouco fofo também.

Em algum momento da nossa birra adormecemos, e essa situação é culpa dele, por não respeitar os limites de uma funcionária.

Mas não serei hipócrita aqui, acordar agarrada a esse corpo deveria ser considerado pecado e eu tenho certeza que em alguma parte do mundo é.

Sinto as mãos dele subirem pelas minhas costas o que libera um arrepio que percorre todo meu corpo, a barba dele arranha minha pele e é uma sensação muito gostosa.

Eu sei que o que estou prestes a fazer é errado, mas parece mais forte que eu. Abro meus olhos analisando o rosto dele enquanto dorme, os desgraçado é tão bonito que chega a doer, doer no mais profundo do meu íntimo e isso aquece algo perigoso aqui dentro.

Me estico sobre ele sentindo o cheiro se acentuar nas minhas narinas, tateio o peito largo embaixo de mim e o escuto resmungar baixinho, até o barulho que ele produz é excitante.

Pelo amor de Deus, devem ser os malditos hormônios.

— Kerem! — deixo minha boca se aproximar da dele até que se toquem.

— Hummm... — os dedos dele descem até o limite das minhas costas e eu desejo muito que desçam só mais um pouquinho.

Volto a pressionar minha boca na dele e espero que isso não seja considerado assédio, afinal ele é o pai do meu filho e eu disse para ele ir embora um milhão de vezes. Eu estou grávida, tem coisas com as quais eu não consigo lidar as sete da manhã... Apesar de não saber que horas são agora.

Kerem Bursin é uma dessas coisas, com esse corpo e a boca na qual eu trabalho agora.

As mãos dele realizam meu desejo e deslizam para minha bunda em um aperto que me faz estremecer, ele me aperta mais ao corpo dele e eu o sinto por inteiro.

E por inteiro eu quero dizer que a maravilhosa ereção matinal dele pressiona minha intimidade.

SANTO DEUS. Acordar assim deve ser considerado acordar no paraíso.

— Bom dia... — Me diz com a voz rouca enquanto me afasto para olha-lo.

Os olhos verdes estão com um brilho diferente.

Será que ele era lindo assim toda vez que acordava?

— Bom dia. — Respondo e ele traz seu rosto para o meu em mais um beijo suave.