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Capítulo 12

"Assumidos"

A chuva cessou. O domingo amanheceu lindo e feliz. Talvez seja efeito da noite incrível de sexo que Kerem e eu tivemos.

Voltamos para minha casa antes do meio dia. Abusei demais da hospitalidade de Melis. 

Fiquei para o almoço de sábado, depois o jantar de sábado, usufrui do corpo do irmão dela e então tomei café da manhã no domingo.

Claro que estava me sentindo em casa, 
havia tanta comida na mesa em todas as refeições que poderia, com toda certeza, viver naquela casa pra sempre.

Mas, a realidade chama e eu não nasci em berço de ouro. E é pensando no berço de ouro que não possuo que sou levada ao pensamento de que não sou rica e não tenho ideia de qual presente dar para Kerem em seu aniversário.

Quando estávamos saindo da casa de Melis ela me puxou em um canto e sussurrou que a semana que seguiria era marcada pelo aniversário dele. 

Mas o que se da a alguém que já tem tudo?

Enquanto Dilara profere palavras — que não faço ideia de quais são — ao meu lado penso se não seria bom presentea-lo com uma camisa talvez? Um relógio? Não! Relógios são caros.

Caminhando por alguma rua aleatória de lojas de Nova York e perdida em pensamentos me deparo com uma caixa de papelão na frente de um pet shop.

— Olha Dilara, que fofo esse cachorrinho… — me agacho quando o avisto.

Um animalzinho de pequeno porte, de pêlos caramelo e olhos negros pequenos me fitam assustados, ele se encolhe com o carinho que faço em seu corpinho pequeno.

— É fofo Hanhan… — Dilara anuncia — mas pra que você quer um cachorro? Já tem um gato e duas crianças!

Levanto e encaro minha amiga.

— É o presente perfeito! — afirmo.

Dilara me olha de cenho franzido.

— Presente?

— Sim! Kerem está de aniversário essa semana. Esse é o presente perfeito e eu não vou gastar nada!

A caixa diz "doação" e, como ele é o último cachorro a ser doado o carrego dentro dela.

— Tem certeza que é o presente perfeito?

Paro de caminhar e volto a olhar para Dilara. Ela não entendeu meu ponto ainda.

— Amiga, é um sinal de Deus! Ele está me mandando levar esse cachorro pro Kerem! Veja… — levanto a caixa na frente dela pra que olhe bem aquele pequeno peludo — ele é a cara do pai dos meus fetinhos!

— É um cachorro Hande. Um cachorro de madame! E você não é nem religiosa, que sinal de Deus?

Sorrio.

— Que seja um sinal cósmico ou do destino então mas ele e é perfeito! Eles vão se dar tão bem… e caso não tenha percebido Kerem até parece uma madame, unhas bem feitas, pele hidratada, ai Dilara aquela pele sedosa que ele tem… — suspiro — ele exala riqueza como Elle Woods de Legalmente Loira.

Ela revira os olhos.

— Você já viu o tamanho do seu namorado? Por que não um Pitbull?

Agora é minha vez de revirar os olhos.

— Porque um Pitbull não tem nada a ver com o Kerem, agora ele, — afago os pêlos claros do cachorrinho na caixinha — ele tem!

⟩Kerem⟨

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