Capítulo 18
“Nascemos”“Família é onde nossa história começa”
“A verdadeira felicidade só é encontrada quando se é mãe”. Minha mãe vivia dizendo isso para Gamze e eu, ela amava esse título e todas as coisas implícitas junto. A correria, o coração apertado, as birras, a fase da adolescência complicada, absolutamente tudo, ela nunca reclamava ou deixava transparecer arrependimento de ter sido mãe tão nova.
Acho que se tornar mãe para mim acabou se tornando algo que quis com tanto afinco por conta da minha mãe. Eu sempre quis ser como ela, uma mãe carinhosa que ao mesmo tempo soubesse quando der os puxões de orelha e que tom usar, uma mãe que amava ser mãe.
Estou prestes a ter meus filhos nos braços, conhecer seus rostinhos e então começar uma nova fase. A fase da Hande agora mãe de fetinhos fora da barriga.
Estou prestes a pegar os dois no colo e tudo que consigo pensar é no quanto queria que minha mãe estivesse aqui dizendo que tudo vai ficar bem, que ela já passou por isso e foi tudo tranquilo. Mas minha mãe se foi a algum tempo então como a mais nova mamãe que estou prestes a me tornar, preciso segurar as rédeas da situação e inspirar e expirar durante cada contração.
Chegamos no hospital ao que parece ser mas de uma hora, as contrações diminuíram o intervalo e agora são apenas três minutos do fim de uma para o começo de outra pontada de dor. Enquanto vínhamos no carro com Dilara e Serhat um em cada lado do banco de trás e eu no meio acho que posso ter quebrado alguns dedos de suas mãos enquanto segurava forte na hora da dor.
Não me importo de ter feito isso com Serhat na verdade, já que ele estava dando encima do meu namorado. Ele mereceu, aquele safado.
E falando em pai dos meus filhos ele parece incrivelmente calmo, mesmo com aquela ruguinha que se forma na testa dele quando uma contração chega e eu grito alto, apertando forte sua mão. Ele não reclamou de dor nas mãos como meus amigos, pelo contrário ele continua oferecendo sua mão pra mim apertar, acho que mesmo se ela estivesse quebrada ele ainda ofereceria para mim até que a dor passasse e nossos filhos tivessem nascido.
Eu não consigo achar posição confortável em lugar algum. A doutora disse que precisamos esperar até que a dilatação esteja boa para que eles nasçam, por isso tenho andando pelo quarto, deitado um pouco, sentado e tudo isso com Kerem ao meu lado massageando minhas costas, passando as mãos na minha barriga e conversando com nossos fetinhos.
Já estamos na sala de parto, me deitei novamente e me preparo para mais uma avaliação da médica.
— Estamos com as contrações mais rápidas Hande e você está com 9 dedos de dilatação, tá chegando a hora.
Finalmente — eu penso — e olho para o ruivo ao meu lado que tenho certeza, está segurando a onda para não surtar antes dos nossos bebês saírem aqui de dentro.
As dores realmente estão com menos tempo de intervalo porque não consigo respirar devagar como antes. Minha concentração em inspirar e expirar foi para o espaço e de repente só consigo pensar que nada pode dar errado agora. Eu preciso que eles nasçam bem e saudáveis e preciso vê-los e senti-los mais que qualquer coisa.
— Vamos lá meu amor, respira fundo. — Kerem disse ao meu lado e então beijou minha testa.
— Quando você sentir a dor vindo Hande você precisa empurrar.
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O que nos liga
Fanfiction**Fic Hanker** Hande está em uma jornada interna em busca de seu sonho de ser mãe, após mais uma tentativa frustrada ela decide afogar suas mágoas da única maneira que conhece, uma noite de álcool. o problema é que ela extrapola e acorda na cama d...