The begginning

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Primavera – 2021

O mundo havia enlouquecido, as pessoas estavam loucas. Corriam atrás dos humanos e os mordiam, os machucavam, pareciam estar doentes ou infectados.

Alguma doença chegou nas pessoas e as fazem ficar completamente loucas, tendo o único objetivo infectar o resto da população.

A epidemia começou há uma semana, e meu pai e eu ficamos em casa, já que sabíamos que todos iriam tentar fugir da cidade e acabaríamos morrendo também. Só que os mantimentos estão acabando e precisamos buscar mais comida e remédios. Também tentar sair da cidade e nos refugiar em outro lugar com outras pessoas.

– Pegou tudo? – perguntou meu pai.

– Sim, já coloquei tudo na mochila.

– Ótimo. Então vamos – ele colocou sua mochila nas costas e pegou as armas em cima da mesa. – Sabe como usar, né?

– Sim – falei e peguei o rifle em cima da mesa, já recarregando o mesmo.

Acontece que meu pai era policial, então tínhamos armas e sabíamos como usar uma.

Nós fomos aos fundos e saímos pela janela, já que as portas estavam todas trancadas e barradas, para impedir que alguém passe.

– Vai primeiro – ordenou meu pai e assim eu fiz, logo ele veio. – AI! – ele berrou após uma bala passar de raspão pelo seu braço. – Abaixa! – ordenou e nos escondemos atrás de uma lata de lixo.

– Eles estão ali atrás! – gritou alguém.

– Vamos ter que mata-los – falou meu pai e eu acenei com a cabeça firmemente.

Até o dado momento, eu apenas tinha matado infectados, nenhum humano ainda.

– Dá a volta na casa e pegue eles de surpresa, eu pego uns daqui.

– Ok – concordei e saí correndo abaixada, torcendo para nenhum deles me ver.

Vi que tinha apenas três e caminhavam lentamente até a direção onde meu pai estava com suas armas a postos.

Peguei meu rifle e mirei na cabeça de um e logo atirei, vendo-o cair no chão.

– Merda! – me escondi, porque os outros dois me viram.

– Desgraçados... – sussurrei e pulei em cima de um, cravando a pequena faca que eu tinha em seu pescoço.

Ouvi o barulho de algo caindo, e quando vi, meu pai tinha derrubado o outro.

– Você foi bem. Vamos.

Olhei mais uma vez os corpos mortos e fui até meu pai.

– Sem ressentimento – comentou.

– Sem ressentimento – repeti.

– Somos dois contra o mundo. Dois idiotas contra o mundo – ele sorriu para mim.

– Dois idiotas contra o mundo – repeti de novo com um sorriso no rosto.

– Vamos passar numa lojinha para pegar algo para comer e procurar um carro para sairmos daqui.

– Para onde nós vamos?

– Vamos até San Francisco até seu tio Patrick. As coisas enlouqueceram lá primeiro, então ele já se protegeu antes. Já deve ter aliados, sabe, pessoas confiáveis.

– E nós devemos chegar lá em quanto tempo?

– Uma semana mais ou menos.

– Tá bom..., e o ombro? – apontei para o lugar onde ele levou o tiro.

The Last of Us - Noah SchnappOnde histórias criam vida. Descubra agora