The Last of Us - Noah Schnapp

The end

3 meses depois, abril de 2025 – primavera

– Acho que já estamos na Califórnia – falou Noah dirigindo pela estrada.

– Como você pode ter certeza? – perguntei.

– Tá escrito aqui: "Califórnia" – ele apontou para uma placa ao nosso lado.

– Idiota – eu ri.

– Vamos precisar de mais gasolina – falou olhando o tanque.

– E de comida – falei. – Comemos o resto ontem à noite.

– Vamos parar no mercado mais próximo que virmos por aqui, se pá deve ter gasolina por lá também.

Dirigimos por alguns minutos até que paramos em um mercado.

– Noah...

– O que foi? – perguntou tirando as mochilas do carro.

– A gente está em Los Angeles...

– Sério? – perguntou me entregando a mochila.

– Sim. Bem...eu acho que é só em Los Angeles que tem a placa de Hollywood – apontei a grande placa com a cabeça.

– Cara, que incrível! – seu sorriso foi de orelha a orelha. – Tira uma foto minha – ele pegou sua câmera instantânea e me entregou.

– Tá bom... – eu ri e bati a foto.

– Deixa eu ver – ele a pegou de mim.

– Tem que esperar revelar, idiota.

– Eu tinha esquecido disso... – falou balançando a foto para a tinta secar. – Tira uma comigo – ele passou seu braço por volta do meu pescoço e bateu a foto. – Isso é tão legal!

Ele estava realmente animado, era adorável.

– Vamos logo entrar na merda desse mercado, eu estou morrendo de fome – falei.

– Tá...! – ele guardou a câmera e as fotos. – Você acha que vai ter algo lá?

– Qualquer biscoito que não esteja com fungo eu como.

– Que nojo...

– Você quase comeu um coelho cru.

– Vamos entrar no mercado? – ele caminhou até a porta cortando o assunto.

– A porta tá bloqueada? – perguntei.

– Não, só está fechada – falou torcendo a fechadura. – Alguém deve ter passado por aqui.

– Só vamos logo pegar as comidas e continuar nosso caminho.

Entrei no grande mercado e comecei a caminhar pelos corredores com Noah ao meu lado.

– Olha isso...! – Noah correu até o final do corredor e parou em frente as prateleiras. – Caramba – ele começou a olhar as garrafas.

– Tá de sacanagem comigo?

– O quê? – ele me olhou confuso.

– Você vai encher a cara no meio de um apocalipse?

– Você não?

– Não! Nem eu e nem você. Você está dirigindo, não quero que bata o carro.

– Você pode dirigir.

– Eu dirigi a noite toda. Larga essas bebidas e procura comida de verdade – falei saindo do corredor.

– Onde você está indo? – perguntou.