Rattlesnakes

457 39 32
                                    


Eu finalmente cheguei e subi as escadas externas rapidamente e atravessando a placa e logo a tirei dali, depois larguei minhas botas no chão, atraindo a atenção de Noah que estava sentado no sofá.

– Amber! – Noah me viu e veio correndo até mim. – Onde você esteve? Eu fiquei preocupado – ele me abraçou.

– Ai... – eu gemi de dor por conta do machucado em minhas costas.

– Meu Deus, o que aconteceu? – ele olhou as costas da minha blusa completamente vermelha por conta do sangue. – Vamos cuidar disso – ele me pegou pela mão, fazendo-me entrar no apartamento.

– Noah... – murmurei.

– O que foi?

– Eu...eu o matei... – falei sentindo meus olhos marejarem.

– Matou quem?

– Jesse... ele...ele matou o meu pai...! Eu não conseguia dormir mais! Eu sentia que eu tinha que fazer isso... – falei já chorando – mas eu não me sinto melhor...pelo contrário...! Me sinto horrível.

– Ei, ei, ei, tá tudo bem – ele me abraçou. – Vai ficar tudo bem.

– Noah....

– Shh, shh, shh – ele passou a mão pelos meus cabelos. – Não se preocupe – ele segura meu rosto. – Vamos cuidar disso, senta ali – ele apontou para um banco que tinha na sala.

– Tá... – calmamente, fui até o banco e tirei minha mochila, depois caí em cima do mesmo.

Noah caminhou até o banheiro, onde estávamos guardando todos os nossos remédios, e pegou uma caixinha.

– Ergue os braços – falou e eu fiz, e logo ele puxou minha blusa e tirou meu sutiã, depois se sentou atrás de mim. – Isso tá feio... mas vai ficar bem.

Eu estava calada, mas eu comecei a chorar.

– Mas já tá doendo? Eu nem comecei.

– Eu...eu não quero te perder...! – falei em prantos.

– Que bom... – ele sorriu. – Porque você não vai...

– Você promete?

– Claro... – ele me abraçou por trás. – Te prometo por tudo que é mais sagrado.

– Você é tudo que eu tenho... – eu apertei sua mão forte.

– Shh..., não se preocupe, você nunca vai me perder... – ele beijou meu ombro. – Eu vou estar sempre aqui.

– Obrigada... nós somos dois idiotas contra o mundo?

– Sim...dois idiotas contra o mundo... Nada vai mudar isso – ele se soltou das minhas mãos e começou a limpar a ferida. – Isso vai deixar uma cicatriz... nossa...

– O que foi? – perguntei.

– O corte tá muito profundo, vou ter que costurar. Acho que temos antibióticos, vai ajudar um pouco.

Noah limpou a ferida e aplicou o antibiótico, depois começou a costurar.

– Ai! – reclamei.

– Eu sei que está doendo, mas vai passar.

– Você ao menos sabe o que está fazendo?

– Não...

– O quê?

– Eu já te falei que queria ser médico?

– Você querer e ser não significa que isso vai dar bom.

The Last of Us - Noah SchnappOnde histórias criam vida. Descubra agora