O Beijo de Vênus | kth + jjk

Mesmo quando eu te afastei

|Notas iniciais: Oii, estrelinhas!Saudades de mim? Bom, eu sei que Vênus e June estavam doidinhos de saudade de vocês!! Mas eu falo um pouco mais sobre isso lá nas notas finais. ok?Boa leitura e obrigada por terem me esperado!

Ps: Lembram que eu pedi para deixarem o coração preparado? rs

Não esqueçam daquele votinho maroto e de um comentariozinho para fazer uma escritora em construção feliz(a # da fic no twitter é #Estação3012)

Capítulo 16

Talvez, ao final de todas aquelas tardes andando sozinho e pensativo nas calçadas do mesmo bairro durante aqueles anos, Jeongguk já houvesse memorizado cada uma das pequenas rachaduras que enfeitavam o concreto pelo caminho e davam abrigo para ervas daninhas indesejadas se infiltrarem.

Ele era bom lembrando das coisas, sempre foi.

E essa poderia ser uma das razões que explicasse a presença contínua de cada um dos traços bem esculpidos do rosto de Taehyung em seus pensamentos, junto de todas as milhares de sensações que o invadiam quando estava com ele. Como aquela faísca ainda tão viva que formigava em seus lábios em todas as vezes que fechava seus olhos e lembrava do toque suave da boca do Kim contra a sua, ou a forma como seus corações disparavam em sincronia quando sorriam um para o outro.

Mas, talvez, fosse apenas saudade. Sabia que ela tinha uma grande parcela de culpa na escolha dos momentos específicos que passavam por sua mente o tempo todo.

Uma semana.

Uma semana era o tempo que havia se passado desde que Changho o vira beijando Taehyung. Uma semana desde o momento em que decidira que nunca mais deixaria o Kang chegar perto de seu hyung. Uma semana também desde que se afastara dele e se sentia vazio por isso.

Pensava em Taehyung o tempo todo. E sentia falta dele o tempo todo também.

Estava ignorando o garoto por quem nutria seus sentimentos mais bonitos e aquele que trazia o melhor de si para fora.

Não conseguia responder suas mensagens preocupadas ou encontrá-lo nos locais combinados dias antes. Não conseguiria encará-lo sem pensar em desistir da ideia ridícula de tirá-lo de sua vida.

E ele sabia que não era certo. Nem com ele, nem com o Kim.

Mas algo em si o dizia que tudo bem ter que lidar com isso se significasse que o mais velho estaria seguro e longe de seu guardião. Fora ele quem beijara o Kim e se descuidara tanto, era sua culpa e lidaria com isso, por mais que o machucasse.

Taehyung merecia ser feliz e Jeongguk tinha certeza de que seria mais fácil se ele não precisasse lidar com o empecilho dos Jeons no caminho para isso. Não que isso tornasse tudo mais fácil para si ou para o Kim, que nem mesmo sabia o que estava acontecendo e sentia o coração disparando em preocupação em todas as vezes que tentava contatá-lo sem sucesso.

Por isso, enquanto voltava da entrevista de emprego que recém fizera, coberto por uma boa camada de maquiagem emprestada da tia, para disfarçar a aparência um tanto deplorável que carregara nos últimos dias, e por suas mesmas roupas largas de sempre que escondiam o corpo magro, se esforçou para evitar o caminho que passaria pela cafeteria onde o mais velho trabalhava, contrariando o desejo que tinha de se jogar nos braços do Kim e se desculpar pelos últimos dias.

Não podia fraquejar, mas, dessa vez, por motivos muito diferentes dos usuais.

Havia conseguido o emprego, assim como Hoseok havia lhe dito, a pequena reunião não passava de uma formalidade, visto que não eram muitos os jovens interessados em passar o dia organizando livros velhos em prateleiras empoeiradas.