E era minha estrela

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| Notas iniciais: Oi, estrelinhas! Como vocês estão?

Sei que está tarde e que eu demorei um pouco mais dessa vez, mas já comentei que ta tudo meio louco ultimamente, né?

Espero que os 8k desse capítulo sejam o suficiente pelo meu perdão kkkk

Boa leitura e sem tw hoje!!

Se quiserem comentar no tt, meu @dreaminniez lá tb e a #Estação3012


Capítulo 19








Tempos de tranquilidade parecem passar mais rápido do que os turbulentos. Talvez porque os contemos menos, muito ocupados aproveitando sua pacificidade, talvez porque momentos ruins nos marquem mais e só partam quando resolvidos. Ou, talvez, só não sejamos os melhores aproveitando-os, assim, escorrem por entre brechas como pequenos grãos de areia, se desfazendo em rajadas fortes de vento.

Mas isso não anula o fato de estarem ali.

Os últimos dias de Jeongguk pareciam ter sido banhados por uma estranha calmaria. Não sabia direito se isso significava que as coisas finalmente se acertariam para si, ou se era apenas um pequeno intervalo para que os pássaros voltassem à montanha antes de outra avalanche. Talvez viver fosse apenas isso, mas, algo despertava em si e recusava-se a acreditar que o sentido da vida se encontrasse apenas em esperar por tragédias.

Não podia ser, tinha que existir algo além disso.

Como potes ilusórios e recheados de ouro no fim de um arco-íris que surgia logo após uma tempestade violenta.

Mas ele não sabia se podia ser tão otimista assim.

Como o faria se ainda fugia dos mesmos temores?

Era certo que possuía Taehyung ao seu lado outra vez e apenas isso já era capaz de aquecer uma grande porção de seu coração, mas o medo ainda fazia com que ambos mantivessem um pé atrás em relação a tudo.

Não haviam resolvido tudo em relação a eles, mas ter o mais velho ciente de boa parte de sua situação já era o suficiente para que decidissem caminhar devagar. Era uma estrada traiçoeira, tinha buracos e armadilhas que carregavam o sobrenome Kang, além de precipícios cercados pelo passado.

Na manhã seguinte às confissões do balanço, haviam concordado em manter certa distância. Não uma distância real, mas uma distância física. Apenas o suficiente para que ainda não precisassem lidar com o fator Changho e, por mais difícil que fosse manter-se longe do garoto por quem mantinha seus sentimentos mais bonitos naquele momento, as mensagens que recebia, lhe desejando um bom dia e perguntando como passara a noite, junto de algumas ligações e saídas escondidas já lhe motivavam a se esforçar para que tudo continuasse bem.

Naquele dia em específico, Taehyung havia o chamado para conversar logo após desejar-lhe um "esplendorosamente bom" – palavras dele – primeiro dia de trabalho, mal sabendo que isso faria com que passasse o resto de seu dia ansioso pelo momento em que se encontraria. Ou, talvez, ele soubesse, pois partilharia desse nervosismo em segredo.

Havia ganhado um abraço carinhoso da tia ao sair de casa pela manhã, junto de um pacote com o almoço que ela preparara para si, em um incentivo por estar orgulhosa de sua iniciativa pelo trabalho na biblioteca. Disse a ela que não precisava, mas quis chorar ao perceber que a mais velha havia despertado mais cedo apenas para que pudesse preparar uma refeição para si. Era o que sua mãe teria feito. Talvez pudesse retribuir com algo a mais do que um simples selar na testa da mais velha quando finalmente aprendesse algo nas experiencias culinárias que pretendia voltar a realizar com o Kim em algum momento do futuro.

O Beijo de Vênus | kth + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora