Cap. 42

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• Dia seguinte/ Quarta-feira •

Yuta acordou com uma tremenda dor na cabeça, sua carinha era notoriamente de dor.

_ Filho?! - Leeteuk entrou no quarto do japonês já se aproximando do mesmo. _ Já está acordado?! Qual o milagre?

_ Me deixa sozinho. - Indagou Yuta num tom amargo.

_ O quê significa isso?! - Leeteuk pegou a garrafa vazia de wisky em mãos. _ Você tá escondendo bebida aqui nesse quarto?

_ E se eu estiver, qual é o problema?! - Yuta estufou o peito enfrentando seu pai. _ Sou maior de idade, e essa garrafa não foi comprada com seu dinheiro.

_ Fala direito comigo, Yuta! - Indagou Leeteuk em tom de ameaça.

_ Me deixa em paz. - Yuta enterrou seu rosto sobre o travesseiro.

_ Temos que conversar.

_ Não quero conversar com você.. - Indagou se voltando para o mais velho. _ Eu vou sair da sua casa e ai você vai poder trabalhar em paz e eu, vou me poupar de ouvir você jogando que trabalha pra me dar as coisas.

_ Eu não menti em nenhum momento quando disse isso. - Leeteuk cruzou seus braços tendo uma aparência tranquila. _ Faço de tudo por você porque eu te amo, sei o quanto você é enjoadinho pras coisas e não aceita qualquer coisa. Não te julgo por isso, a culpa é minha que sempre quis fazer o melhor pra você desde quando você nasceu.

_ Então não me julga por ser assim, não joga as coisas não minha cara, porque até onde nós dois sabemos, eu não peço NADA, nunca pedi. - Yuta levou a mão a cabeça sentindo ali sua dor aumentar. _ Você sempre me deu o que eu preciso e o que eu não preciso, mas se for pra ficar jogando na cara o esforço que você faz por mim é melhor parar e ai eu sumo da sua vida de vez.

_ Não tem a necessidade de você fazer esse escândalo todo.. - Leeteuk mantinha seus braços cruzados. _ Só disse que trabalho pra te dar mordomia. Não joguei nada na sua cara.

_ Você se arrependeu de ter me dado o celular.

_ Ai, Yuta! Já chega, né?! - Leeteuk se mostrava de saco cheio. _ Que conversa mais nada a ver.

_ É nada a ver pra você, porque sabe que está errado.

_ Já acabou, Jéssica?! - Disse em tom de deboche vendo o japonês enterrar seu rosto sobre o travesseiro novamente. _ Já disse que não vou me desculpar com você. Eu fiz o que era pra ser feito, você pode falar o que quiser, mas repreender você por só ficar no celular não foi uma atitude errada.

_ Quero ficar sozinho, Leeteuk. - Indagou num tom abafado por ter seu rosto sobre o travesseiro.

_ Vou pro trabalho agora, depois te ligo.. - O homem deu uma rápida olhada nas horas em seu relógio de pulso. _ E vê se toma café.

_ Não! - Yuta se voltou para Leeteuk de uma forma rispida. _ Se me ligar não vou atender, não vou mais usar esse celular.

_ Um marmanjo desse tamanho, de vinte anos nas costas fica com essa birra toda, que coisa mais absurda. Já disse que não joguei nada na sua cara, agora se você quer ficar insistindo nessa conversa o problema é seu. Eu tenho que ir trabalhar.

Sem mais Leeteuk saiu porta a fora do quarto de Yuta levando consigo a garrafa vazia, o japonês por sua vez, se levantou da sua cama e pegou sua mala dentro de seu pequeno closet a puxando para fora, na sequência voltou para seu guarda roupa pegando ali algumas peças de roupa e as jogando contra sua cama, sua cabeça estava pensando em mil coisas naquele momento e uma delas foi se lembrar de algo que aconteceu nos seus sonhos na noite passada.

_ Odeio sonhar com você, garoto. É impressionante eu ser seguido por você até nos meus sonhos. - Yuta falou consigo mesmo se sentando sobre o chão daquele closet já pensativo. _ O que eu vou fazer?

O japonês antes de relembrar o acontecimento da noite passada estava convicto de querer ir embora, mas depois de pensar muito algo lhe dizia pra ficar, e com isso Yuta agora se dividia entre a sua razão e a emoção.

YuTae - (Until Hate Separates Us)Onde histórias criam vida. Descubra agora