Capítulo 4 - Quem é você?

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Steve manteve-se pensativo desde a saída de Asgard até sua chegada na última parada: Nova Iorque. Entrou na cidade no mesmo período que havia ido anteriormente, no meio de um confronto. Novamente os arredores estavam tomados por escombros e ele deveria passar por tudo aquilo para devolver as três joias finais para os seus devidos lugares. 

Antes de sair de onde estava, decidiu olhar cuidadosamente o local para conferir, já que dessa vez estava sozinho e precisava realizar a missão com êxito.

Mas, foi aí que ele a viu.

Na passagem Sul, os Vingadores estavam reunidos, prontos para continuar a batalha seguinte. Steve viu Thor, Bruce, Clint, Tony, ele próprio e ela, Natasha. Seu coração parou. Ele não havia pensado nessa possibilidade. Não lembrava que aquele momento era possível.

Sabia que não poderia sair de lá e falar com ela, ou com Tony. Mas, ele queria tanto.

Viu os Vingadores irem em direções diferentes e viu Natasha se esconder atrás de um dos carros destruídos, pronta para pegar alguém. Steve paralisou olhando para ela, vendo o movimento dos cabelos mais curtos e vermelhos, que ele tanto amava, e observando os olhos verdes da moça varrer o local. Ela era linda em qualquer situação. Ela era a mais linda de todas.

Steve percebeu que Natasha se aproximava, buscando uma posição melhor em um carro do outro lado da rua, do lado onde ele estava. Mas, o rapaz não se moveu, apreciando a imagem da mulher que amava se mover diante dele. Ela não tinha o visto, parecia estar focada no conflito que acontecia, ou talvez não pudesse vê-lo. E se ela não o visse, quem sabe ele pudesse observá-la.

A saudade dela era tão grande. Ele sentia tanta falta da sua Nat que sabia que não deveria permanecer muito tempo naquele local, pois, temia não querer voltar. Mas, Steve sempre foi muito racional e sabia o que tinha de ser feito. Ele cruzaria Nova Iorque e devolveria as últimas três joias. Quem sabe entre uma ida ou outra ele não pudesse vê-la novamente.

Seu peito ardia, seu rosto com certeza estaria vermelho, prestes a explodir, enquanto ele concordava consigo mesmo que deveria partir e forçava-se a isso. Mas, foi ao se mover para sair de lá que ele ouviu a voz dela, chamando o seu nome.

— Steve? — Aquela voz rouca invadiu sua mente, com um misto de medo e saudade.

Ele não estava invisível para ela. Ela não só podia vê-lo como ela o viu.

— Steve? — Natasha se aproximou rapidamente. — O que você está fazendo aqui? Você deveria estar na Quinta Avenida.

O mundo para Steve, naquele momento, parecia se mover em câmera lenta. Era ela, tão próxima dele, de uma maneira que ele pensou jamais acontecer outra vez.

— Você está me ouvindo? Steve? — Natasha se aproximou ainda mais, segurando em seu braço. Mas, o rapaz não respondia.

— Você precisa correr. Agora! Não temos tempo. — Natasha olhava para os lados, parecia apreensiva, e com razão. Afinal, eles estavam no meio de uma guerra.

E foi no meio de uma guerra, com estilhaços, tiros para todos os lados, carros voando, que a única reação de Steve foi abraçá-la.

Ele a envolveu com todo cuidado, desespero e amor. Ela se assustou inicialmente, mas, não teria como não ceder à tanto sentimento vindo dele. Então, Steve fechou os olhos e apertou ainda mais contra o seu corpo aquela mulher que fez a sua vida mudar de tanta saudade. Era como se o universo tivesse proporcionado o melhor momento da sua vida.

Era como se ele tivesse desafiado a morte e vencido, e o seu prêmio era aquele abraço.

Só que ele não contava que, enquanto ele a envolvia, Natasha viu correr entre uma esquina e outra o próprio Steve, segurando o seu escudo e derrubando tudo o que via pela frente, o que fez a moça, rapidamente, se afastar, sacar a sua arma e apontar para ele.

— Quem é você? — Natasha o olhava confusa, mas segurava a sua arma com firmeza.

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