𝐷𝑒𝑠𝑐𝑢𝑖𝑑𝑜

8° Capítulo

8° Capítulo

URSS era covarde, e estava ciente de tal. Mas nunca esperou que América fugiria de seus braços e olharia-o com aquele olhar cortante e frio como gelo.
Aquele olhar doeu em seu peito como nunca, cada parte do seu corpo doía. Doía tanto que não conseguia suportar.
Sabia que tinha sido um escroto com o América, mas agora se arrependia tanto…! Queria com todas as forças que tudo voltasse ao normal; que América voltasse a sorrir radiantemente como antes; sentia saudades até das provocações!
Sentia-se completamente sem rumo naquela sala vazia. Tentou andar, mas não conseguia enxergar direito. Estava chorando?
Encostou sua mão direita em sua bochecha e constatou o óbvio: estava chorando.
Embora seu desejo fosse correr desesperadamente atrás de América e, enfim, resolver tudo, não conseguia se mexer. Simplesmente havia estancado no lugar, com uma sensação loucamente claustrofóbica de que as paredes engoliriam-o de culpa. Talvez fosse mais fácil se as paredes engolissem-o; não precisaria lidar com aquele novo e incrivelmente doloroso sentimento.
É, talvez ele sentisse algo a mais por América, mas...o que seria esse sentimento?