Niki não mentiu quando disse que Mio faria companhia para Heeseung e o deixaria mais feliz, o gatinho era carinhoso e obediente consigo e não dava trabalho algum. Adorava gatos e ainda mais quando eles eram comportados, entretanto nunca pôde ter um por causa de sua rinite, mas seu filho fez isso mudar e por algum motivo Mio não fazia sua alergia atacar.
Aquela foi a primeira coisa que achou estranha no gato.
A segunda foi notar que, sempre que saía para comprar algo no mercado, notava, depois que voltava para casa, pingos de água no chão do corredor do banheiro, parecendo que alguém havia tomado banho e não tinha se secado direito.
Já a terceira era que sempre via a mesma toalha no varal e parecia que esta nunca secava, pois sempre que a tocava estava molhada.
E por fim a quarta, algumas coisas de sua geladeira estavam sumindo.
Não era possível que alguém estava vivendo em sua casa e usando suas coisas sem pagar aluguel, né?
Não queria imaginar coisas demais para ficar com medo e se assustar à toa, mas queria descobrir se era alguém invadindo sua casa ou o seu gato que magicamente começou a tomar banho no chuveiro e se secar com a toalha depois de pegá-la no varal.
— Chega até ser piada pensar numa coisa dessas. — riu alto, enquanto estava com as costas apoiadas na parede em frente à porta do banheiro. — Né, Mio? Você não está criando vida igual um humano, sim? — perguntou ao gato, que miou para si. — Aliás... Como você seria se fosse humano?
Heeseung se agaixou para olhar melhor o animal e ficou pensando.
— Não consigo imaginar. — fez um biquinho, se levantou e voltou para a cozinha. — Preciso levar essa sopa que prometi há um tempão ao Jungwon. — disse, sozinho, enquanto colocava a sopa na vasilha. — Você vai se comportar, né? Cuide da casa. — falou para o gato, que veio correndo até si depois de fazer um barulhinho fofo.
Lee saiu de casa, levando a sopa e um docinho que havia feito para o amigo, o parto de Jungwon já havia acontecido há alguns meses e o bebê era adorável. Jay estava mais grudado e cuidadoso com o parceiro e o filho, não escondia que adorava ser pai, já Jeongin dizia que finalmente podia brincar com ele e com Niki juntos. O que não era tão verdade assim, pois o bebê tinha apenas oito meses.
Abraçou apertado o amigo antes de entrar, segurando com cuidado o prato de sopa e o doce, e depois que entrou automaticamente ficou ansioso para ver o neném.
— Trouxe a sopa que prometi. — Heeseung sorri.
— Obrigado, Hee, eu adoro sua sopa. — sorriu de volta, agradecendo com a cabeça em uma reverência, enquanto pegava a vasilha. — Vou comer agora mesmo. — seguiu até a cozinha, deixando o potinho na mesa, e pegando uma tigela pequena de porcelana da cor azul e branca para pôr o líquido. — Você veio aqui só para ver meu filho e entregar a sopa?
— Pior que não. — ajeitou o cabelo para trás. — Estão acontecendo coisas estranhas lá em casa.
— Tipo o que? Luzes piscando e móveis fazendo barulho? Olha lá hein, Heeseung, não pense duas vezes antes de chamar os Winchesters!
— Pare de ser bobo, seu viciado em séries. — deu risada. — Não é isso.
— Não tenho culpa se meu filho dorme muito e eu não tenho nada pra fazer. — deu a língua para o Lee e foram para sala, onde o bebê estava, se sentando no sofá em seguida. — Mas o que é então?
Heeseung explicou tudo o que estava notando nos últimos dias desde que havia "adotado" aquele gato, ressaltou até o absurdo de estarem comendo as coisas de sua geladeira e que isso o fazia ir mais vezes ao mercado comprar mais cenouras para o bentô do filho, pois essas evaporavam no mesmo dia.
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black cat | heejake
أدب الهواة/ concluída / heeseung é um homem que virou pai solo depois que seu marido, que fazia parte da marinha, morreu. Ele conseguia criar seu menino com seu trabalho em home office e com o seguro de vida que seu ex marido deixou. Em uma tarde, estava tu...