Era mais um dia que o machucaria. Heeseung teria que fazer o velório de seu marido nessa quarta-feira chuvosa, o dia já havia começado ruim apenas por ter ficado nublado.
Heeseung odeia dias nublados, e seu marido deu mais um motivo para odiar ainda mais.
O mesmo levantou da cama sem vontade alguma, queria morrer mas não podia deixar seu pequeno tesouro, Niki era a única coisa que o mantinha vivo e o dava forças agora.
Heeseung parecia estar se arrastando, e na verdade era isso mesmo que estava fazendo, se arrastou até o banheiro e jogou água fria em seu rosto para despertar. Ainda estava na casa de Jungwon e Jay, que o mantinham entretido e forte, ainda mais no dia de hoje.
Escovou os dentes e tornou a voltar para o quarto para acordar seu pequenino, precisavam se arrumar para ir.
— Meu amor, acorda... — passou a mão pelos cabelos dele. — Você precisa ir ver seu papai antes dele ser mandado pelo foguete.
— Então ele ainda vai ir? — resmungou, enquanto abria os olhos devagar e se espreguiçava.
— Sim, amor. — assentiu, sorrindo fraco.
— Licença, Heeseung.— Jay diz, depois de bater na porta e abrir. — Trouxe os ternos de vocês.
O Park havia prometido na noite anterior que buscaria a roupa de velório dos dois na casa de Heeseung, era melhor para o Lee ficar um tempo afastado de sua casa por enquanto.
— Muito obrigada, Jay. — sorriu agradecido e foi pegar as peças de roupa.
— De nada. — sorriu de volta. — Podemos ir quando quiser, Jungwon está preparando o café.
— Ok, obrigado. — viu o outro sair e se virou para seu garotinho, que estava sentado na cama com os olhinhos fechados por não conseguir os deixar abertos. — Que tanto sono é esse, bebê? — riu.
— Eu tenho muito sono, papai, acho que nunca acaba meu sono. — riu fofo, ainda de olhos fechados.
— Quando voltarmos você pode dormir mais. — avisa. — Vamos para o banheiro lavar o rostinho e depois vestir essa roupa.
Niki apenas assentiu, ele se forçou a despertar e sair daquelas cobertas quentinhas, mas, no fim, foi para o banheiro e se arrumou junto de seu pai.
— Por que o terno preto, papai?
— Você vai entender melhor quando crescer mais, mas saiba que é importante, anjinho. — disse, enquanto ajudava o filho a abotoar o terninho.
— Tá bom... — deu de ombros, iria esperar ficar grande para saber.
— Pronto, você está lindo. — beijou a bochecha do menor e olhou de novo para o garoto.
Niki estava com os cabelos alinhados pelo gel e vestia o pequeno terno preto que o deixava fofo, Heeseung adoraria que ele estivesse arrumado para um evento feliz e legal, mas a realidade é outra e ele disfarça para mentir para si mesmo.
Ele se arruma também e vão rapidamente para o andar debaixo tomar o café da manhã, tomou o café junto de seus amigos e quando terminam finalmente saiem para irem ao local do velório.
No carro, a expressão do Heeseung já estava péssima, e quando chegou no lugar piorou. Foram para sala privada e se ajoelhou junto do filho em frente ao caixão do marido, onde continham várias flores brancas em cima dele e no meio delas um retrato sorridente do mesmo, ele estava tão lindo naquela foto...
Lee fez uma reverência e Niki o imitou, mesmo não sabendo o porquê de fazer isso.
Heeseung se levantou, continuando ajoelhado, e sussurrou algumas palavras que queria dizer ao marido.
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black cat | heejake
Fanfic/ concluída / heeseung é um homem que virou pai solo depois que seu marido, que fazia parte da marinha, morreu. Ele conseguia criar seu menino com seu trabalho em home office e com o seguro de vida que seu ex marido deixou. Em uma tarde, estava tu...