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Noah Urrea

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Noah Urrea

" — Mãe ? Pai ?. - O menino gritava entre os barulhos de buzinas e sirenes. Cores azuis e vermelhas focaram em sua visão.

Descalço correu em direção ao veículo mas era tarde demais. Alguém lhe puxava, e o prendia em um abraço enquanto o mesmo esperneava para se soltar... "

O som do alarme toca fazendo com que eu levante assustado. O meu corpo estava encharcado de suor, mas uma vez os pesadelos me atacavam em uma noite de sono.

Ao desligar e jogar o celular de volta a cômoda, me movo em direção ao banheiro aonde tomo um banho e faço toda a minha higiene.

Eu odiava acordar cedo.

— Bom dia querido. - Ursula sorri enquanto arruma a mesa.

— Oi Ur. - sento tentando deixar minha alma voltar para o corpo.

Não conseguia chamar Ursula de mãe, ela tentou de todas as maneiras mas nada funcionou. Eu tinha uma mãe... uma mãe que morreu a um bom tempo.

— Fala maninho. - Josh sentou ao meu lado e deu um tapa em minha cabeça. — Acorda cara.

— Estou acordado. - Digo rindo

Josh era o meu irmão mais novo, porém meus pais deixavam explícito que não tinha nenhum amor por ele. Com o tempo fui percebendo e comecei a ser seu melhor amigo. Agora não desgrudamos e sinto que ele realmente é meu irmão de sangue.

— Pra alguém que não terminou a escola você está todo feliz. - Ursula se pôs em sua frente.

— Então, por isso mesmo, estou feliz porque não preciso estudar. - Pega uma maçã e se levanta. — Aproveite o grande inferno irmãozinho. - ele pisca saindo.

Eu amava o seu jeito de ser, por incrível que pareça ele era o meu ídolo.

— Seu pai acabou saindo mais cedo então não tem como te levar mas você pode pegar o ônibus que irá passar daqui a uns 20 minutos.

— Okay, sem problemas. - Assinto terminando de tomar o café.

Não era ingratidão, eu gostei muito de ter uma família nova, passei por diversos médicos para me ajudar a falar um pouco mais, se abrir, mas devido o ocorrido o Noah de antigamente já não estava mais vivo.

— Bom, estou indo, seu café estava uma delícia. - Se levanto beijando sua bochecha. — Até mais tarde Ur.

— Até mais tarde filho. - Um sorriso escapou de seus lábios.

Com a mochila nas costas corro em direção ao ônibus que me deixaria na porta do local. Assim que entro pessoas da minha idade estavam eufóricos para começar esse novo rumo. Reviro os olhos sem muita paciência e sento no último banco com os fones de ouvido.

Sinto olhos me observando, viro um pouco para poder ver e há um garoto, seu olhar não se desviava do meu, ele não me era estranho mas não fazia ideia da onde poderia ter o visto.

Dou play na minha música favorita e encosto a cabeça no vidro, pelo visto será um longo ano.

O amor pode curar a dor - NOAVANI Onde histórias criam vida. Descubra agora