( Concluida.)
Aos 15 anos a família de Noah Urrea havia sofrido um grave acidente em que ele se culpava eternamente. Sem ninguém para cuidar, ele acabou parando nas ruas da Califórnia onde um casal que sonhavam em ter um garoto acabou o acolhendo...
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Shivani Paliwal
— Qual o seu problema garoto ? - Eu gritava no vestiário parecendo uma louca.
— Não grite comigo Shivani. - Seu olhar era de ódio.
— Encoste um dedo nele novamente que eu acabo com você. - Aponto o dedo na sua cara.
— Defendo aquela bosta de garoto ? Que vive morto por aí e matou seus próprios pais ?
Ao me dar conta senti dois braços me tirando do chão enquanto eu esperneava para bater no garoto em minha frente.
Bailey mantinha seu rosto vermelho pelos arranhões que eu tinha dado. Tapas foram dados com vontade.
— Pare Shiv. - Noah sussurrava para me acalmar.
— Seu imundo, nojento. - gritava.
— Não disse isso quando meu pau entrou nessa sua buceta e você gemeu feito uma vadia.
Dessa vez Noah não se aguentou e partiu pra cima de Bailey, foi difícil tirá-lo de cima até o treinador chegar e separar.
— Estão com algum problema ? - O professor gritava. — Vocês não estão mais no ensino médio onde tudo se resolvia com briga. - Ele encara os garotos. — Os dois estão suspenso do time.
Quando iria me intrometer dizendo que a culpa era minha seu olhar me mediu de cima a baixo.
— O diretor irá conversar com você mocinha. Agora deem o fora daqui.
Ao pegar nossas coisas, nós três saímos daquela sala, Bailey empurrou Noah para passar na porta e eu o segurei para não fazer nenhuma besteira.
— Sinto muito eu não queria lhe causar suspensão. - Digo o encarando.
— Tá tudo bem, eu só queria te protejer. - Noah segura em minha mão.
Noah e eu tivemos uma reaproximação muito melhor que da primeira vez, tanto que acabamos em uma bela transa.
Não fazia ideia do que a gente tinha virado agora mas eu estava gostando de tê-lo ao meu lado naquele momento.
— Como sabia que eu estaria no vestiário ? -
— Joalin me contou assim que saí da sala, ela disse que você estava uma fera.
E é a pura verdade, quando cheguei mirei meu olhar de raiva em Bailey rindo com os seus colegas pagando de machão.
Me subiu um nervoso tão grande que fui até ele e o puxei pelo braço o levando em direção ao vestiário onde aconteceu toda a briga.
Essa rincha dos dois era a maior besteira do mundo. Adultos brigando feito uma criança... Cuspi na testa pois na primeira oportunidade acabei batendo no garoto.
— Posso conversar com vocês ?. - Joalin diz timidamente enquanto segurava a mão de Sabina.
— Claro que pode. - Noah me coloca em sua frente me abraçando.
— Primeiramente quero pedir desculpa aos dois. Não deveria ter ficado nesse plano idiota. - Suspira.
— Plano ? - Pergunto confusa.
— Bailey me fez pegar o celular do Noah para gravar vocês transando e postar. - Me encara. — Assim você iria culpar Noah e o deixaria. Sendo assim Bailey ficaria com o caminho livre.
— Que filha da puta, preciso terminar o que eu comecei. - Tento sair dali mas sou impedida.
— Meu irmão é um bosta, confesso. - Sabina me olhava triste. — Mas juro que no fundo é uma boa pessoa. - Seus olhos indicavam que um choro queria sair dali. — Sinto muito pelo que ele fez com vocês.
Sabina começou a chorar fazendo com que meu coração doesse, caminho até ela e a abraço fortemente.
Noah se junta me deixando impressionado pelo seu contato com alguém que nunca havia conversado.
— Está tudo bem, sabemos que aquele Bailey não é o real. - Noah diz. — Não precise se culpar de algo que você não fez.
As lágrimas desciam pelo rosto de uma forma assustadora, odiava ver outra pessoa chorar. Joalin se juntou ao abraço. Ficamos ali por um bom tempo deixando todo o sentimento sair de nós.
