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Noah Urrea

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Noah Urrea

— Noah eu não quis... - as bochechas de Shivani ficaram vermelhas.

— Tudo bem. - A tranquilizo. — Acho melhor eu ir.

— Mas está muito tarde. - Pega na minha mão mas logo solta. — Bom, você pode dormir aqui no sofá.

— Eu realmente quero ir pra casa.

Digo por fim pegando o celular do bolso e ligando para a Ur.  Preciso confessar que estava morrendo de vergonha e sentia que meu coração iria sair pela boca, eu nunca fiquei com nenhuma menina, sempre fui tímido e na minha, não deixava ninguém chegar perto.

Agora pela primeira vez deixei uma garota entrar e posso dizer que estou me sentindo estranho.

— Vão vim te buscar ? - A garota pergunta enquanto tira seus saltos. — Isto estava me matando.

— Sim. - tento não encara - lá. — Porém já está me xingando.

— Típico de mães. - Revira os olhos sorrindo.

— Ela não é minha mãe. - Deixo que a frase escape da minha boca.

— Ah, não ? - Diz confusa. — Tia ? - Pergunta.

— Ela é minha mãe mas ao mesmo tempo não é entende. - Falo atrapalhadamente. — Minha mãe morreu. - Digo por mim.

Shivani me encara com um olhar triste e caído.

— Eu sinto muito Noah. - Se levanta.

— Não quero sua pena, não quero pena de ninguém. - Digo bravo.

— Só estou te dando as condolências, é isto que a gente faz. - Sua voz se altera. — Mal te conheço mas tive um carinho enorme por ti, porém você é muito cabeça dura. O que há com você ?

Poderia dizer alguma coisa mas antes de abrir a boca meu celular vibra dizendo que Ursula já me esperava.

Encaro a garota e apenas sussurro um obrigado saindo de seu apartamento.

Por toda a dor que eu senti na adolescência comecei a guardar em mim, passei em psicólogos que foram uma luta para eu contar todos os meus sentimentos. Vivia cancelando a consulta pois ninguém me aguentava.

Não fazia sentido deixar escapar algo tão grande para uma menina em que acabei de conhecer. Shivani deixou com que eu tenha essa necessidade de me abrir com ela mas eu não sabia o porque... Justo com ela.

— Será que você vai me contar o por que está com esse corte? - Ursula estaciona o carro na garagem.

— Deixa pra mais tarde okay ? - Pacientemente saio do carro e abro a porta adentrando a casa.

— Maninho. - Josh corre para os meus braços. — Você está bem ? - Ele diz baixo.

— Estou sim. - Dou tapas leves em suas costas. — Não era pra você estar com a Hina ?. - O encaro confuso.

— Assim que chegamos no meu apartamento, Krystian mandou mensagem dizendo da briga e então...

— Teve uma briga ? - Ron se aproxima. — Que absurdo.

— Pai. - Josh tenta chamá-lo.

— Suas festas são imundas, você não deveria levá-lo seu irmão pra esse tipo de coisa.

— Sou mais velho que o Josh, sei onde estou me metendo.

— Não, você não sabe. - Ur se entromete. — Você é uma decepção para nossas vidas, nunca deveria ter te tido.

A respiração do Josh foi ficando mais forte, seu coração estava evidentemente acelerado.

— Josh. - Tento segura-ló.

— Ela tem razão Noah - Me olha. — Deveriam ter ficado só com ele. - Bate a porta de casa.

— Agora você mocinho.

— Cala a boca... Cala a boca. - digo alto fazendo os dois se assustarem.

— Somos os seus pais e merecemos o devido respeito.

— Vocês não são os meus pais e nunca vai ser. -  Ando em direção a escada. — Se vocês continuarem assim, vão perder duas pessoas importantes na vida de vocês e tem uma que vale muito mais que eu. Alguém que você Ursula - Faço uma pausa enquanto aponto para a mesma. — Deu a vida.

Não entendia o motivo de tanto ódio pelo próprio filho, sei que eles queriam ter uma menina mas a culpa não era de Josh. Toda frustração era jogada nele e eu me sentia culpado novamente.

Sem nem tomar um banho para relaxar apenas deito na cama e sinto meu corpo finalmente relaxar.

"  — Deixe me ver, quero ver eles. - A criança se debatia nos braços de um policial.

— Sinto muito garoto.

Era apenas isso que ele dizia.

O delegado sentiu dó do garoto, então por baixo dos panos ele deu- lhe seus últimos dinheiros e permitiu que dois dos seus policiais o encaminhassem para o aeroporto mais perto.

Sem ter com quem ficar e pra onde ir, Noah apenas seguiu aqueles dois homens, é claro que sentiu medo mas ali ele viu que era sua única saída. "

•••

Desperto 5 minutos antes do despertador tocar, o cheiro de suor e bebida exalavam em minha pessoa. Entrei no banheiro jogando a roupa suja no sexto, quando ligo o chuveiro, deixo a água quente cair por todo o meu corpo fazendo com que um suspiro de alívio escapasse de minhas narinas.

Só assim para conseguir enfrentar os meus dias.

Me arrumo tranquilamente, jogo a mochila em minhas costas e desço passando pela cozinha. Ursula e Ron não estavam, isto era um alívio, não queria ter que olhar para eles hoje.

Saio de casa pegando logo a primeira parada do Ônibus, isso significa que quase ninguém iria nesse horário pois estava muito cedo.

A maioria dos bancos vazios, isso era maravilhoso, eu poderia escolher qualquer um.

Ao longo do caminho senti uma certa sensação estranha no estômago, não conseguia identificar exatamente o que era naquele momento.

Assim que entrei e vi Shivani sentada em uma mureta lendo observando a paisagem consegui descobrir que havia borboletas rondando meu estômago, um sentimento de alguém que poderia estar deixando a outra pessoa entrar em sua vida.

Suspiro caminhando para falar com ela mas alguém é mais rápido que eu. Seus braços passam pelos seus ombros.

A garota revira os olhos quando ele começa a falar. Bailey parecia dizer algo sobre a briga de ontem e ela só sabia ouvir.

Assim que seus olhos me encontraram um sorriso formou em seus lábios e por incrível que pareça uma sensação de paz tomou conta do meu ser.

O amor pode curar a dor - NOAVANI Onde histórias criam vida. Descubra agora