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    Boa leitura!

Domingo.

  N/

    Meliodas dirigia furioso até a casa de merlin, o carro estava na velocidade máxima e o loiro nem havia percebido, estava sendo totalmente guiado pelo ódio. Havia se enganado sobre Escanor, seu amigo de tantos anos, e por qual motivo Merlin teria escondido isso? A quanto tempo isso estava acontecendo e ninguém percebeu? Isso era o que ele ia descobrir.

   Chegando na casa da amiga, o loiro não esperou Ban, e entrou cego pela raiva, correu os olhos pela sala e não encontrou Merlin, logo gritou.

- MERLIN!!
 
Não ouviu resposta alguma, então subiu as escadas, foi até o quarto de sua amiga e abriu a porta rapidamente, assustando a mulher.

- CADÊ? CADÊ ELE?_grita enquanto olha pelo quarto.

- Ele quem? O que está acontecendo capitão?

- ESCANOR PORRA! EU JÁ SEI DE TUDO!

- Eu não sei, que inferno! E para de gritar caralho!

- Quanto tempo?  Quanto tempo ele faz isso? Quantas vezes te bateu e você não fez nada? Porra! Sabe que existem regras contra isso! Você devia morrer junto com ele por não me contar e deixar esse filho da puta encostar a mão em você!

- Meliodas, foram algumas vezes, óbvio q eu ia fazer algo a respeito, mas não imaginei que ele bateria na Elizabeth.

- E ele bateu! Mesmo se não fosse com ela, poderia ter sido com qualquer uma: Diane, Elaine. Você não ia fazer nada? Ia deixar?

- Porra! Não é fácil, você não pode me julgar por uma coisa que nunca passou e nem vai passar!

- C.a.d.e e.l.e_meliodas fala pausadamente, dominado pelo ódio.

- Não sei, mandei ele ir embora, sumir antes que eu o matasse, o carro dele tá sabotado, como eu disse, ia fazer algo, porém Elizabeth te contou primeiro que eu.

- Capitão, a... Merlin? Se você tá aqui, quem saiu com seu carro?_ Ban chega e pergunta confuso.

- Meu carro? Porra! Ele pegou meu carro? Filho da puta!_ Merlin esbraveja sabendo que seu plano foi por água abaixo.

- Pra onde ele foi?

- Desculpe Ban, mas acho não que tenho bola de cristal_ A ironiza a situação

- Seria engraçado, se não tivesse um assassino agressor de mulheres, por aí andando como se nada tivesse acontecido.

Algum celular toca, os dois presentes no quarto olham para Meliodas, que está com seu aparelho na mão, rapidamente atende e o leva até a orelha.

- Elizabeth? Tá tudo bem?

- M-meliodas, o Escanor está aqui, ele tá atrás de mim, quer me m- sua voz é cortada

- A Elizabeth! Ela tá sozinha, Escanor tem livre acesso à minha casa! Porra!

Elizabeth povs.

Havíamos dormido, na manhã seguinte pensei em contar tudo ao Meliodas, mas eu tinha medo, se acontecesse algo com ele, eu me sentiria culpada pra sempre, isso é, se não me matassem primeiro, qual a chance de acreditarem em uma garota que acabou de chegar, e não no amigo deles de anos?

  Depois de caminhar pelo jardim resolvi voltar para o quarto, já estava quase anoitecendo, quando alguns pensamentos surgiram para bagunçar minha mente, e se ele matar a Merlin? Eu teria culpa, certo? Essa é minha oportunidade de fazer algo, mas eu devo fazer? Fico pensando por alguns minutos, que pareceram horas, até Meliodas entrar no quarto.

- Está com fome? Podemos pedir alguma coisa pra comer.

- Pode ser.

- Amanhã voltamos a rotina com as reuniões, e na empresa também, tudo bem pra você ficar sozinha um tempo?

- Sim.

- Ou pode ir pra casa da Merlin, ela passa a maior parte do-

- NÃO! quer dizer, eu posso ficar aqui, é bem melhor não incomodar ninguém_ Digo rapidamente

- Elizabeth? Tem certeza que você está bem?_ Meliodas pergunta erguendo as sobrancelhas

- S-sim_Eu deveria dizer a verdade, droga!

- Tá_ ele diz desconfiado, dando as costas.

- O E-escanor, ele fez uma coisa_ Falo ainda nervosa, não sei como ele vai reagir.

- Algo de errado?_ Ele pergunta virando-se para mim novamente.

- Ele machucou a Merlin, e eu acabei vendo.

- Machucou? Um acidente?_ balanço a cabeça negativamente_ Então fala! O que aconteceu?

- E-eu vi eles brigando, ele bateu nela, quando soube que estava vendo, m-me ameaçou e disse que te mataria se eu contasse algo_ quando encaro seu rosto, ele estava furioso.

- Filho da puta! Ele te bateu? Por isso você quis sair de lá? Fala Elizabeth!_ Meliodas estava cada vez mais impaciente, apenas mostrei meu pescoço, haviam alguns hematomas devido ao momento em que havia sido enforcada.

- Eu vou matar ele!

Meliodas saiu do quarto praticamente correndo, fiquei ali sentada, não sabia se tinha feito a coisa certa, estava me sentindo mal, porém ao mesmo tempo mais leve.

1 hora depois...

Ouço a porta ser aberta, passos pesados na sala, Meliodas havia voltado?

- Elizabeth! Desgraçada sei que está aqui!_ era Escanor! Eu estou sozinha agora! Tranco a porta do quarto, corro pra baixo da cama e fico em silêncio.

Ele continua andando pela casa, e gritando meu nome furioso, se ele me encontrar, estou morta!
Rapidamente pego meu celular em cima da cama, sem fazer barulho, e disco o número de Meliodas, que atende no primeiro toque.

- Elizabeth, tá tudo bem?

  Junto minhas forças para responder.

- M-meliodas, o Escanor está aqui, ele tá atrás de mim! Quer me m- escuro um barulho no corredor e desligo a chamada, fazendo o máximo de silêncio possível.

Seus passos pesados pelo corredor, cada vez mais perto, a porta de todos os quartos ficam trancadas, isso pode atrasá-lo. Os passos aproximam-se de minha porta, e vejo a maçaneta sendo pressionada para baixo, porém a porta está trancada.

O homem retorna ao primeiro andar, parece ter mais uma pessoa lá embaixo, as gavetas estão sendo abertas, assim como os armários, as portas sendo batidas, cada barulho me deixa mais aflita, não tenho uma arma, e mesmo se tivesse, não teria coragem de usar contra alguém.

- Achei!_ uma voz desconhecida grita.

- Até que enfim, estamos ficando sem tempo! Logo ele estará aqui, e eu preciso sair antes disso.

- Destranca os quartos de baixo primeiro.

           Eles acharam as chaves.

Nas mãos da máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora