❝O coração quebrantado sorri,
escondendo toda escuridão
tempestuosa. Mas a escuridão,
muitas das vezes, agride a alma
e grita, com toda a força, para sair.❞
↬ Você pertence a mim (eu pertenço a você) ↬
"O que eu acho absolut...
Finalmente a autora original atualizou! Eu sei que vocês estavam muito ansiosos pra esse capitulo, é comemorem porque foi o capítulo que eu mais corri pra atualizar então já vou me desculpar se tiver alguns erros.
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Harry mudou seu peso, sua atenção fixada na figura à sua frente.
Ele lentamente se agachou, estendendo a mão distraidamente para se equilibrar - embora ele tenha parado quando avistou seus braços.
Choque e alívio imediatamente o inundaram, levando seus pensamentos para fora dos trilhos, quando percebeu que eram seus.
A pele era de um marrom quente e seus antebraços eram firmes e tonificados. Uma cicatriz branca irregular se estendia de seu pulso quase até o cotovelo, os restos da pior noite de sua vida, nunca desaparecendo devido ao ritual mágico; e outro estava sentado nas costas de sua mão, as letras esmaecidas para sempre gravadas em sua carne.
Não devo contar mentiras.
Olhando para suas mãos - suas, familiares mas estrangeiras, não mais magras e pálidas, ou terrivelmente pequenas - Harry percebeu a pressão confortável de seus óculos deslizando pela ponte de seu nariz. Ele inclinou a cabeça para a frente, saboreando a velha sensação; e cabelos escuros e bagunçados caíram em seu campo de visão.
A respiração de Harry, quando ele soltou, era uma coisa gaguejante. Seus olhos queimaram.
Ele estava em seu corpo. Contra toda a lógica, Harry estava de alguma forma em seu próprio corpo.
Com leves tremores, Harry traçou ao longo de sua pele em uma maravilha silenciosa. Ele meio que esperava que fosse um truque, uma miragem cruel, mas ele podia sentir os calosidades e as saliências de suas cicatrizes contra as pontas ásperas de seus dedos.
Ele cerrou as mãos experimentalmente, observando a curva gradual dos dedos, antes de finalmente olhar para trás. Ele se moveu com cautela, endireitando-se e não ousando deixar que seus olhos se desviassem da figura parada diante dele.
Nesse mundo estranho e acinzentado, eles eram a única outra fonte de cor.
Harry franziu a testa, seu peito apertando com desconfiança.
Certamente parecia com Lily Potter; uma imagem tirada diretamente dos álbuns de fotos antigos em seu quarto. Cabelo ruivo, olhos verdes, um punhado de sardas nas bochechas macias. Os jeans desbotados e o suéter creme enorme com mangas tão longas que apenas as pontas de seus dedos pálidos apareciam completavam a imagem caseira.
Isso deu a Harry a impressão de calor e amor, e uma parte de sua alma estremeceu com um suspiro de desejo. Mas também havia algo escondido por trás daquele sorriso suave que perverteu todo o verniz pitoresco. Algo secreto e antigo que estava escondido no canto daqueles lábios.
