❝O coração quebrantado sorri,
escondendo toda escuridão
tempestuosa. Mas a escuridão,
muitas das vezes, agride a alma
e grita, com toda a força, para sair.❞
↬ Você pertence a mim (eu pertenço a você) ↬
"O que eu acho absolut...
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Benat abaixou sua varinha, os olhos ainda um pouco arregalados enquanto olhava para o corpo caído do outro lado da rua, sangue florescendo em um grande halo ao redor dele.
Seus braços tremiam com a adrenalina que o inundava - seus sentidos ainda faiscando como um fio elétrico.
O peso da magia do menino permaneceu, formigando ao longo de seu couro cabeludo em advertência. Mesmo diminuído, dissipando-se no ar após sua morte, o sabor era aterrorizante.
Se Benat tivesse sido um pouco menos habilidoso, se estivesse mais cansado, se não tivesse golpeado aqueles outros alunos em desespero ...
Ele engoliu seu medo.
Ele ainda estava ofegante, lutando para puxar oxigênio suficiente para se recuperar. Benat flexionou os dedos em torno de sua varinha, o suor em sua palma tornando seu aperto escorregadio.
A compreensão do que ele acabara de fazer o atingiu como um punho. "Foda-se", ele murmurou, pressionando a mão trêmula em sua máscara, assegurando-se de que ainda estava no lugar.
Matar o menino nunca fez parte do plano. Doendo, sim, mas era difícil usar uma pessoa morta como alavanca. Alguém tão teimoso como Benedict Ciro não entraria na linha depois disso. Todo o trabalho deles, todos os empregos desagradáveis, as ameaças e intimidações - tudo desfeito porque Benat teve que matar o menino para se salvar.
Isso foi uma bagunça.
Benat finalmente saiu de sua posição conforme os segundos passavam e Nathan Ciro não mostrava nenhum sinal de movimento - e isso não era uma prova de quão anormal o duelo tinha sido, que Benat estava meio que esperando que o garoto se levantasse como ele a garganta não tinha sido cortada.
Dado o que ele acabara de testemunhar, porém, o cuidado parecia necessário.
Sua impressão do menino daquela noite tinha sido de uma criança tímida e fraca que estava há muito acostumada a ser a vítima; e a descrição fornecida por seu irmão certamente coincidia com a realidade. Nathan Ciro tremeu como um cordeirinho quando o agarraram e chorou com facilidade.
Macio e frágil, Benat pensou.
Só que claramente não era mais o caso.
O bastardo de Ciro havia mudado de uma maneira que Benat não conseguia entender. O menino deveria ter se despedaçado depois daquela noite, ficando mais submisso e submisso. Ele não deveria ter se tornado aço temperado, e seus olhos não deveriam ter queimado com tal ferocidade. Sua magia não deveria ter crescido dentes, nem deveria ser capaz de tais feitiços das Trevas.
Ele não deveria ser capaz de matar.
A diferença entre as duas versões do menino era tão gritante que podiam muito bem ser pessoas diferentes.
Um movimento chamou sua atenção, desviando seu foco do corpo e em direção às outras três crianças amontoadas.
Ele fez uma careta sob a máscara, desgosto crescendo em sua língua.
