❝O coração quebrantado sorri,
escondendo toda escuridão
tempestuosa. Mas a escuridão,
muitas das vezes, agride a alma
e grita, com toda a força, para sair.❞
↬ Você pertence a mim (eu pertenço a você) ↬
"O que eu acho absolut...
Eu, vendo o caos absoluto que o último capítulo gerou: ah sim, bom, validação.
Mas, com toda a seriedade, fiquei impressionado com a resposta do último capítulo. Vocês me surpreenderam completamente. Estou tão, tão feliz que a revelação tenha corrido bem. Eu estava tão nervoso com isso, já que eu não postava algo a um tempo.
Portanto, muito obrigado a todos por me transformarem em uma poça de gosma e me fazer sentir como um bom tradutor lmao.
Aproveite o novo capítulo!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Orion conhecia a morte.
A primeira vez que viu um cadáver, ele tinha seis anos.
O funeral de seu tio-avô fora sombrio; tortuosamente longo e ainda totalmente rápido demais ao mesmo tempo. O andar inferior da casa de sua família estava cheio de pessoas que ele não conhecia - famílias aliadas, parceiros de negócios, políticos e dignitários formando um mar de corpos amontoados em cada canto.
Mesmo para o seu eu mais jovem, as condolências que haviam escorrido de seus lábios melosos pareciam falsas. Pity escondeu cuidadosamente os desejos vorazes sob seus sorrisos tristes, e palavras sussurradas suavemente esconderam sua ganância e alegria e suas tentativas desesperadas de obter o favor de qualquer membro da Casa Black.
A maior parte daquele dia sombrio foi perdido na névoa de suas memórias, mas a única coisa que Orion podia se lembrar com clareza total era a visão do cadáver pálido de Corvus Black em exibição.
Ele ainda podia ver a carne cinzenta que contrastava fortemente com os tecidos escuros de seu terno, e como a luz do fogo brilhava contra seus anéis. Podia ver mãos enrugadas - mãos que Órion observara esfolar coelhos e quebrar ossos de galinha para rituais - dobradas sobre o peito.
Ele até se lembrou de como Corvus tinha sido frio ao tocar, de como era estranha a falta de calor, antes que sua mãe o arrancasse com um aviso sibilante sobre respeito e um tapa firme para enfatizar a questão. A cicatriz de seu anel ainda marcava sua bochecha, uma linha fina e curta, invisível a menos que se soubesse onde olhar.
As complexidades da morte o haviam escapado naquela época, apesar das tentativas de seu pai para explicar; mas à medida que os anos tiraram mais família dele e os corpos da Casa Black começaram a se acumular, Orion aprendeu.
No momento em que ele perdeu todos, exceto um de seus primos, Orion havia se familiarizado com a ideia de sua própria mortalidade. Libertado pelo fardo que tantos outros pareciam carregar.
Então, sim, Orion conhecia bem a morte neste ponto, mas ainda foi um choque testemunhar isso.
Ciro foi cruel em seu ataque. Sua magia havia cantado no ar ao seu redor enquanto ele batia em seu oponente, implacável e feroz - e Orion estava sem fôlego. O poder absoluto que Ciro exibia o havia extasiado.
