Capítulo 2: O irmão - Revisado

3.2K 201 14
                                    

Amy sonhou com flores e podia sentir cheiros bons, mas teve lembranças do seu tio e estremeceu suando um pouco, mas estava confortável com seu cobertor, então abriu os olhinhos com leves frios e viu Marco ao seu lado a olhando bem, muito calmo e serio, ela tomou um susto, pois se assustava até com a própria sombra, o que a fez sentar puxando o cobertor para si agarrando firme. 

- Não queria a assusta - Ele fala tranquilo e Amy da um leve sorriso nervosa, vendo ele segurando ataduras em suas mãos e engoliu em seco.

- Tu... tudo bem - Disse fraquinha e abaixando um pouco o cobertor, ela pode jurar que ele deu um sorriso, porém suas expressões são serias, talvez Amy via assim por sentir uma certo medo dele, o que ela estava em meio termo do que pensar sobre ele, pois sentia uma certa gratidão por pelo homem apenas a dar comida e cuidar de suas feridas, ninguém nunca tratou bem assim, porém em outro lado seus olhos lhe causavam arrepios e medo, porém confiança e conforto.   

- Tenho que ver como esta a ferida - Marco continua com sua expressão plena e sombria.

- Estou me sentindo melhor hoje - Amy diz puxando sem soltar o cobertor, pois isso a dava segurança, era acostumada a agarrar tudo em sua frente para se proteger do medo e insegurança.

- Que bom - Sua voz as vezes lhe causava arrepios e Amy achando que ele não ira trocar o curativo se ajeitou suspirando aliviada, mas ele se levantou e ela o cuidava com o olhar assustada e medrosa - Mas vou ver - Amy começou a tremer levemente quando ele disse se aproximando e percebendo que ela estava com olhos mais arregalados pelo medo e nervosismo, assim como a tremedeira, o homem suspirou calmo e segurou o ombro dela que nem se mexeu quietinha, apenas puxou a coberta cobrindo sua frente e travou a respiração quando ele começou a tirar, pois estava com apenas isso para cobrir os seios, então se afastou sentando mais para o lado e o olhou tímida virando a cabeça, e apertando bem o cobertor.

- Não precisa trocar - Disse na hora engolindo em seco pelo olhar serio e sombrio dele, então desviou o olhar nervosa de como ele reagiria, mas ele parecia muito calmo, embora suas expressões diziam ao contrario.  

- Você precisa trocar o curativo sim. - Disse inclinando um pouco a cabeça e achando uma graça a timidez dela, pois fazia tempo que era apenas ele e seu filho, que se esqueceu como meninas eram envergonhadas, Amy o olhou na hora esfregando de leve o nariz pois sentia seu corpo tremendo um pouco e doía leve, com calafrios. 

- Não esta doendo - Amy suspirou irregular e sorriu um pouco nervosa, já que percebeu que o homem não gosta de ser contrariado, mas a vergonha era maior e a fazia retrucar, pois nunca ficou nua na frente de alguém e mau o conhecia, mesmo estando grata, porém estava com medo de arriscar e ele acabar a fazendo algum mau, já que sabia tão pouco dele e estava como uma prisioneira ali, então se encolheu com as pernas quando ele se aproximou sentando na cama calmo a olhando bem e Amy simplesmente não conseguia manter o olhar por muito tempo, por ser uma medrosa. 

- A bala atingiu seu ombro, mais não fez estragos, falta pouco para você se recuperar... eu quero ajudá-la para você sair daqui e conhecer seu quarto e seu irmão. - A fala é tão tranquila e sombria que ela não sabia se confiava ou não nele, porém ficou confusa,
Irmão?! E o que o homem era para ela, um pai?! pensou o olhando e tremendo mais, um pouco pela ansiedade e nervosismo, ela tinha uma família. Só não sabe se é bom ou ruim, na verdade ela só conheceu o lado ruim, ela nunca tinha sido tratada bem e aquilo parecia um sonho estranho, embora bem real e seus sentimentos estão um turbilhão e muito confusa, Marco percebeu que a menina tremia muito agora o olhando tão confusa e assustada, então colocou a mão na testa da ruiva e percebeu que ela esta quente, o que ele se levantou preocupado, pois queria que ela se recuperasse bem.

- Esta com febre... deita que já volto. - Marco disse e se virou indo até a porta e Amy se sentou na ponta da cama nervosa da onde ele iria, então o homem serio se virou a olhando, com sua expressão sombria, o que ela ficou paradinha - Eu disse para deitar e nem pense em sair daqui. - Sua voz ordenando era tão assustador para a menina que gelou e deitou na hora se cobrindo de novo, agarrando para si, então Marco a encarando e vendo que ficaria ali, saiu satisfeito fechando a porta sem a trancar.

Mestre: Uma Nova Vida - Livro 1 ( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora