Capítulo Sete - Revelações

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Capítulo Sete – Revelações

Abalada pela visão que acabara de ter Isabella estava em choque, o choro entalado em sua garganta, o coração apertado batendo contra as costelas, a mente anestesiada pelo feitiço e o corpo mole pelo brusquidão que fora retirada do mesmo. Apertou os olhos com força tentando desanuviar a mente e limpar a vista. Ao abri-los novamente via pontos escuros por todo o lado que iam aumentando e diminuindo deixando-a tonta.

Percebeu que Klaus falava algo, balançando seus ombros com certa firmeza, sentiu algo quente escorrer por seu nariz até sua boca e pelo cheiro e gosto sabia que era sangue, seu sangue.

— Me desculpe, mas eu preciso disso. – Sem entender muito o que ela disse Klaus chegou seu ouvido próximo da boca da morena tentando ouvi-la melhor. Foi o pior erro que ele poderia ter cometido, Isabella avançou sobre ele, deitando-o no chão e atacando sua jugular, antes que ele pudesse ter alguma reação extrema a morena soltou-o com exatos um segundo e meio.

— O que … ? – Começou atónito mais por ter gostado do que por ser atacado.

— Me desculpe, não tenho costume de beber de outro vampiro, mas isso é uma consequência do que você fez. – Disse Isabella, já mais corada e recuperada. “Sangue de Híbridos são mesmo mais gostosos, e muito mais satisfatório a minha fome” pensou consigo mesmo, com um pouco de esforço levantou-se do chão e foi até a taça enquanto limpava o rosto com a mão.

— E o que eu fiz exatamente? – Perguntou o loiro ao se levantar, ainda meio atordoado.

— Me interrompeu no meio de um feitiço de ligação. – Disse simplesmente enquanto arranjava os ingredientes restantes.

— Um o que? Como você pratica magia, você é… – Ele começou, mas Isabella o deteve com um singelo movimento de mão.

— Vampira? – Disse com as sobrancelhas levantadas, ao notar as feições do loiro ela fechou a expressão. – É óbvio, sua mãe fez um feitiço para que vocês se tornassem imortais, e isso impede que vocês pratiquem magia.

— Deveria impedir você também – Disse o loiro agora em seu lado.

— já disse, não sou como vocês. – Falou simplesmente e se virou para Niklaus, com os olhos vidrados no híbrido ela disse-lhe. – Você não encontrou nada nem ninguém…

— O que você … – Niklaus começou, mas se interrompeu conforme o progresso na compilação.

— … de interessante quando veio aqui, você sairá e ira para casa. – Isabella terminou e seu rosto voltou ao normal, Niklaus já estava do lado de fora quando a morena entornou o resto do feitiço.

Isabella agora se encontrava novamente nas terras de Broch Tuarach, mais especificamente em Lallybroch, a casa onde cresceu, e onde os seus também cresceram e aprenderam como controlar sua magia. O lugar parecia terrivelmente familiar, mas ao mesmo tempo desavisadamente diferente, olhava tudo como se fosse uma memória do amanhã, que nunca ocorreu.

Seus pensamentos foram interrompidos por gritos, logo identificados por alegria infantil, ao olhar pela janela Isabella viu-se aos 18 anos, poucas semanas antes de ser amaldiçoada, ensinando os mais novos, e menos habilidosos, a fazer alguns feitiços simples. Ouvia-se ao longe Gideon resmungar por não conseguir, Kira zombar dele pois ela conseguia.

— Incrível, você sempre teve habilidade com crianças. – A voz calma e serena do fantasma desbotado de Dáhrion lhe assustou de certa forma. Era sempre assim, esses sonhos de ligação sempre lhe traziam ilusões. – Teria sido boa mãe para Belih. – Ao notar a confusão no rosto da falecida amada, Dárion continuou. – Nome ao qual batizei nosso menino. Significa persistente, forte e corajoso. Ele puxou a mãe.

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2021 ⏰

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