Capítulo três - Escolhas Devem Ser Feitas

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A notícia do massacre em Blair's chegou a Mystic Falls, aos ouvidos dos irmãos Mikaelson, mais como uma história de terror que as mães contam a seus filhos para que não entrem na floresta sozinhos do que como algo real, mas todos os irmãos sabiam que todo o conto de fadas tem uma verdade. Todos já haviam aprendido como controlar seus impulsos, mas até isso acontecer eles tinham transformado vários vampiros e os abandonado à própria sorte, o que era um problema, agora eles teriam que rastrear o vampiro e compeli-lo, ou no pior dos cenários, matá-lo.

— Rebekah, você não vai. – Klaus praticamente grita, em sua mente, sua irmã era frágil demais para algo assim.

— não se esqueça, Nik que eu sou tão velha quanto você. – Brande a loira seguindo seu irmão pela casa. - Eu vou!

— Não é não maninha. – Kol fala passando por ela como um raio.

— Cale a boca, idiota. Eu vou, você querendo ou não Niklaus. - Bekah, como todos os irmãos a chamavam, falou incrivelmente firme e decidida para a menina que nunca era ouvida, conseguindo assim acompanhá-los.

*

A dor de Isabella não se perdeu ou abrandou nos dias seguintes, aos quais ela passou vagando nas florestas que circundam Blair, suas lágrimas de sangue correspondiam a sua dor pela primeira vez em sua existência, seu coração estava totalmente esmagado e pela primeira vez ela pode entender o que a maldição sobre si significava, verdadeiramente, ela nunca poderia amar, pois se ela o fizesse estaria condenada a sucumbir ao amor. O rastro das suas lágrimas deixadas pelas árvores e chão marcava a dor que transbordava de si.

Um sentimento, puro e verdadeiro, mas mortal. Ela sabia que sua vida nunca seria fácil, mas tinha esperança que poderia ao menos viver enquanto não encontrasse aqueles ao qual foram nomeados por Mikaelson. A única coisa ao qual ela nunca esqueceria, seria esse nome. Por puro instinto levou a mão ao pescoço, onde pendia um colar de dente de tigre. Uma peça de três, um canino estaria no pescoço de Dáhrion enquanto o outro permaneceria em seu pescoço e mais um feito para o primogénito do casal, seria dado quando este completasse cinco anos e a história fosse contada por seu pai diante da lareira, como sempre acontecia.

Onde será que Dáhrion estaria enterrado? Era a pergunta que passava pela cabeça da morena totalmente distraída quando sentiu a dor física e o impacto que quase a levou ao chão. Ao olhar para baixo, um galho partido em forma de estaca entrava em seu estômago, lhe trazendo de volta o gosto de sangue de sua recente alimentação, e enviando inúmeros espasmos por seu corpo. Sem muito o que fazer a morena levantou os olhos, encontrando os dourados de seu agressor.

Sem pensar muito retirou a estaca sem piores danos e jogou de volta, acertando em cheio a perna do loiro assustando-o, antes que fosse atacada pelas costas, virou-se e com um único soco quebrou o pescoço de seu novo agressor, agora um moreno de rosto quadrado. Sem muitas perguntas correu dali mergulhando no primeiro riacho que encontrou, suspeitava seriamente que fosse o mesmo junto ao qual acordou em seu caixão.

— Nik! Está bem? – Rebekah pergunta assim que encontra o irmão, puxando de sua perna o ganho.

— Sim, ela não quis me matar. – O loiro fala ainda sentado no tronco caído.

— Mas quis matar o Finn, Elijah e Kol seguiram o rastro dela. – A loira fala olhando pesadamente o irmão com o pescoço no ângulo mais estranho que ela já viu, quase arrancando-lhe a cabeça.

Por mais que tentassem saber quem era, nenhum dos cinco irmãos tinha ideia de quem ou o que era ela, muito menos do por que ela estar ali.

— Nós perdemos o rastro dela antes do rio. – Comunica Elijah ao entrar na mansão sendo seguido por Kol. Em uma explosão de raiva Niklaus quebra um castiçal atirando-o contra a parede oposta a ele.

Linhagem de Sangue [Hiato]Onde histórias criam vida. Descubra agora