Capítulo 9

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O Império Sabar é o mais frio, por conta de sua localidade. Era encontrado em uma zona montanhosa de forma que as pessoas morassem em vilarejos ao redor do enorme castelo pedregoso. As montanhas erguiam-se no meio do Império, muitos moravam nos vales e aproveitavam os rios que cortavam as montanhas, outros preferiam a calmaria desses enormes picos.

Uma bela mulher de pele negra e feições tranquilas, terminava de lavar suas vestes no rio, colocando-as em um cesto de madeira em sua cabeça. Caminhou em meio às pedras e a neve, cantarolando um canção antiga, sua voz era doce e ela cantava muito bem. Interrompeu seu canto e sua caminhada, arregalando os olhos, um cavalo ofegante relinchava e batia os cacos desgastados no chão.

- Porque está aqui sozinho? - Indagou, observando que nele tinha rédeas e bolsas. - Onde está seu dono? - Perguntou novamente se aproximando. Colocou sua cesta de roupas no chão, segurou as rédeas e acariciou-o, acalmando o animal.

Assim que o soltou, o cavalo correu para detrás de uma parte rochosa e sumiu. Karui ergueu seu vestido e correu na mesma direção, surpreendendo-se pela segunda vez no dia, duas pessoas estavam caídas respirando de forma descompassada, a terceira estava escorada na parede de rocha com olhos semiabertos e a mão sob o estômago, a mulher presenciou ele abaixar as pálpebras e se entregar a inconsciência.

Mais tarde naquele mesmo dia.

A morena abriu os olhos da forma pesarosa, achou que estava sonhando quando suas narinas captaram um cheiro de comida quente, de dar água na boca. Levantou-se sentando na cama em que estranhamente estava deitada, a seu lado, em cima de uma cômoda estava uma tigela que soltava um leve vapor. Era sopa. Com extremo desejo, ergueu-se para pegá -la. No entanto, seu pulso foi contido.

- O que.. - Disse confusa, sua barriga doía de fome. Olhou, percebendo que o perolado estava sentado no chão escorado em sua cama. Este tinha um semblante horrível de cansaço.

- Não coma.. - Murmurou respirando fundo. - Não sei quem nos trouxe aqui, mas são do Império Sabar. São inimigos Mitsashi. - Completou, sua voz era contida e fraca.

Franziu o cenho. - Inimigos? Se fossem mesmo, teriam nos deixado para morrer na neve. - Constatou desfazendo o toque dele bruscamente. Pegou a tigela e levou aos lábios. Neji tentou contê-la mas ele mesmo mal se mantinha acordado, a única coisa que tinha era sua força de vontade. Tomou metade da sopa, arqueando as sobrancelhas, ficou embasbacada encarando o alimento ainda pela metade. - É, incrível.

- Tenten, não. - Pediu chamando-a pelo primeiro nome.

- Já era Hyuuga, você devia fazer o mesmo, não está envenenada.

Neji pareceu ponderar, havia outra tigela de sopa cheia na qual deduzira ser a dele, e mais uma vazia jogada no chão, esta deveria ser a de Naruto. - Onde está o Naruto?

- Não sei. - Disse terminando de comer. - Coma, e depois procuramos ele.

O Hyuuga assentiu levantando-se e comendo, estava receoso no início mas devorou a sopa logo após constatar que seu gosto era maravilhoso. Assim que terminou, sentia-se melhor, quebrou a colher de madeira transformando-a em uma pequena estaca. - Vamos. - Disse ele andando até a porta de madeira, Tenten vinha atrás dele revirando os olhos, porém igualmente em alerta.

Antes que o moreno encostasse na maçaneta, a porta foi aberta por alguém do outro lado. O perolado colocou as mãos para trás escondendo sua arma improvisada, sentiu as mãos da morena apertar as suas, franziu o cenho e quase olhou para trás. No entanto os olhos estavam fixos na porta que se abria, ele esperava um soldado de Sabar.

- Ah, vocês finalmente acordaram! - Era Naruto. Trajava roupas mais civilizadas de cor preta, um pano azul envolto em seu pescoço, luvas pretas e botas.

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