Imperium - Nejiten

Capítulo 2

Neji estava em sua sala particular examinando novas melhorias para os aposentos dos cavaleiros. Originalmente ele não estaria vendo esse tipo de coisa, mas o construtor estava doente portanto ele seria o responsável agora, confiavam nele para tal escolha.

Tinha muito a fazer, como primeiro comandante das tropas do Império Walcz, Neji tinha que treinar suas tropas de forma árdua já que o nome de seu império era Luta, portanto lutar deveria ser sua especialidade. Também tinha que armar estratégias contra algumas tropas inimigas de Kunnia que se aproximavam dia após dia, além de afazeres fúteis como: escolher qual construção seria mais favorável a toda a residência de soldados.

Os soldados não viviam no mesmo lugar que o Imperador. Os guerreiros tinham sua própria construção, parecia mais um coliseu portanto a chamavam assim, com suas enormes paredes erguidas formando um círculo com vários quartos uma cozinha e banheiros. Ao centro do círculo havia a arena que seria onde treinariam o enorme exército.

Ouviu batidas na porta e murmurou um "entre". 
— Comandante. — Chamou um guerreiro portando sua armadura matinal, era aconselhável tanto para proteção quanto para se acostumar com o peso, usar suas armaduras o dia inteiro. — O Imperador deseja lhe ver.

— Já estou indo. — Afirmou sem olhá-lo, o perolado apenas usava seu uniforme escuro de comandante mantendo sua longa espada consigo, além de casacos de pele para se aquecer. O rapaz cavaleiro saiu fechando a porta.

O Hyuuga levantou-se e colocou uma capa peluda sob os ombros a fim de aquecer-se pois se ali dentro estava frio, lá fora estava de ranger os dentes. Saiu do local e sua respiração já exalava vapor, andou pela habitação em direção a saída, foi cumprimentado algumas vezes. Andou pelo caminho recém limpo de neve, e adentrou os enormes portões do Castelo.
 
Chegando na sala do Imperador se anunciou. — Imperador. — Reverenciou brevemente.  — Queria me ver?

— Neji. — Repreendeu Fugaku franzindo o cenho. — Você me parece mais alto.

— Impressão sua, Imperador. — Continuou, sério.

— Ah, os Hyuugas. — Sorriu nostálgico. — Os livros dizem que o nascimento da sua família foi um dos mais belos. Nascidos da lua. — Suspirou olhando a neve cair lá fora. — Um som de tilintar foi escutado, quando saímos de nossos aposentos não acreditamos em nossos próprios olhos. A luz da lua prateada iluminava apenas um ponto da neve branca, um brilho arroxeado sobrecaiu e das profundezas da terra branca (neve) levantou-se uma bela mulher de cabelos azulados e olhos enluarados,  logo após um homem, e outra mulher, até que nos víssemos cercados de olhos perolados. Esse foi o relato de Hashirama Senju nos livros, quando ele vira o nascimento de sua família, Neji. — Terminou Fugaku sorrindo.

— Hum.  — Resmungou o Hyuuga olhando um canto qualquer.

O Imperador riu. — Dizem que vocês são frios assim por terem nascido da neve. — Completou ainda sorrindo.

— Foi para isso que me chamou? — Indagou franzindo o cenho. Qualquer outro governante teria o enforcado por tamanho desrespeito.
 
— Não. — Suspirou massageando a têmpora. — Você sabe que já está quase na minha hora. — Riu sem graça. — Assim como também sabe que o povo possue uma inimizade com meu filho mais novo, Sasuke. Pela personalidade dele ser... bom, parecida com a sua.

Neji torceu o nariz. — Se o problema for quem será o herdeiro, temos o Itachi, e o povo o ama.
 
— Sim, sim. Será o Itachi. — Sentou-se sua cadeira condecorada de vermelho e preto. — Mas me preocupo com o Sasuke. Você apesar de tudo, é racional e responsável. — Afirmou esperando alguma reação do Hyuuga, não veio. — Portanto quero lhe pedir pessoalmente para que cuide dele, e o guie. Sei que vocês são bons amigos. E ele bem, é um pouco precipitado. — Completou assumindo um semblante sério. O Uchiha já estava bem velho, e sentia sua morte chegar a cada dia.