Rosalinda POV
Hoje é dia 1 de Março, estou a fazer o pequeno almoço. O zenga saiu de manhã, felizmente, estou em paz. Decidi fazer torradas com iogurte grego e mel, como fiz tantas vezes lá na casa com a Dayane.
Sinto-me nervosa e com um aperto no coração. Hoje é a final, dentro de umas horas vou estar de volta no estúdio, de volta aos holofotes. Sentei-me no sofá da sala a ver o instagram. Sorri como uma louca ao ver uns posts que diziam que a Bubi estava a caminho de Roma. Bubi, a pequena Bubi... Dayane ía ficar tão feliz! Fiquei nervosa ao pensar nela, hoje vou voltar a vê-la, vamos estar cara a cara e não lhe vou poder dizer nada até que estejamos sozinhas e sem câmaras... Ela vai ver-me com o Zenga, vai ver-me com ele e tenho medo da sua reação, tenho medo que ela não queira falar comigo. Que merda! Só quero ser livre, só quero poder abraçá-la sempre que me apetecer ou beijá-la em qualquer momento, só quero poder explicar-lhe tudo e dizer que estou apaixonada por ela e que não há nada que eu mais queira neste mundo do que cumprir todas as nossas promessas de um futuro juntas. Porque é que a vida é tão injusta? Sinto-me um boneco sem controle da própria vida, obrigada a fazer coisas para proteger quem eu mais amo...
O meu alarme tocou, já estava na hora, agarrei nas minhas coisas, chamei um Uber e minutos depois cheguei ao estúdio. Eu tinha de ser Adua, tinha um papel a cumprir... Escolhi um vestido azul celeste simples, pedi eu me prendessem o cabelo e que me fizessem uma maquilhagem simples mas escura. Só me resta esperar! O tempo passou e decidi abrir o ao vivo para ver o que se passava na casa, oh bem, quem é que eu quero enganar, para ver a Dayane. Ela estava linda, já estava a maquilhar-se, com o seu cabelo perfeitamente arranjado e ondulado, realmente a sua beleza era inigualável. Fiquei a admirá-la por uns minutos, completamente hipnotizada. Acordei deste momento quando a porta do camarim se abriu e o zenga apareceu, apressei-me a desligar o telemóvel porque ele não poderia saber. Só me veio chamar, já estavam a chamar todos para o estúdio que o programa ía começar, agarrei-lhe no braço, forcei um sorriso e saímos juntos. Agora eu era Adua.
O programa já tinha começado, a Dayane parecia uma princesa com aquele vestido, estava linda! Chegou o momento da sua surpresa, congelaram-na na sala, enviaram o resto dos concorrentes para a sala de vidro e entrou o Atílio, o pai de Stefano. Eu estava nervosa, nervosíssima até, não conseguia ficar quieta um segundo e não parava de morder o lábio. Tenho de me conter, não posso ser Rosalinda agora, não posso! Levaram-na à rua, o meu coração batia quase na minha boca, a pequena Sofia apareceu e Dayane imediatamente começou a chorar, ajoelhou-se enquanto a sua filha corria até ela para a abraçar! Neste momento eu tinha lágrimas nos olhos, tentei disfarçar e respirar fundo, não podia estragar a maquilhagem! O momento foi perfeito, a Sofia era uma criança muito inteligente e tão querida...
O tempo passou, a Dayane despediu-se de todos e voltou a entrar na casa. Chegou a surpresa para o Pierpaolo, o filho dele é um amor!
"Dayane"- Alfonso
Congelei... Não consegui ouvir mais nada... Ela foi eliminada... perdeu para Pierpaolo, mas como é que isto é possível? Eu sei o apoio que ela tem, eu vi esse apoio! Ela vinha a caminho! Agora fiquei mais nervosa, lembrei-me que a ía ver. Os meus pensamentos foram interrompidos por Alfonso que lhe dava as boas vindas aos estúdio. Ali estava ela, lindíssima, finalmente à minha frente depois de uma semana, os nossos olhares cruzaram-se e senti que ela tinha visto até a minha alma.
Alfonso perguntou-me se eu achava que ela á ser a eliminada e obviamente disse que não, que achava até que ía ganhar. Ele então perguntou seu eu não a quereria abraçar e, apesar de hesitar, disse que sim e levantei-me, fui ao seu encontro, sentia-me nervosa, estranha, abraçamo-nos mas senti que ela recusava então olhei para ela e pedi um abraço verdadeiro e aí, vi-a sorrir e apertar-me num abraço tão conhecido. Tinha tantas saudades destes braços, do seu cheiro, do nosso encaixe. Foi um abraço curto mas tão necessitado. Ela chamou-me para estar ao pé dela na entrevista e não tive outra opção! Eu não podia deixar cair a personagem, não agora, contive-me e dei-lhe a mão. Tenho de ser fria mas preciso de lhe dar alguma esperança. Eu queria só abraçá-la e pedir desculpa por tudo mas infelizmente não o podia fazer. Limitei-me a acarinhar a sua mão.
Quem ganhou foi o Tomaso, já estava previsto à muito tempo, eu so não quis acreditar. Quando acabou tudo eu tive de ficar com o Zenga, precisava de fingir o amor que não existe mas era tão difícil fingir apaixonada por alguém quando o meu coração bate por outra pessoa. Sentia que queria morrer de cada vez que ela não olhava para mim, não me dirigia a palavra ou estava no maior dos abraços e felicitações com as outras pessoas. Não a posso culpar... Fui eu quem errou... Eu e o Zenga fomos dos primeiros a ir para o hotel onde havia o jantar, já não aguentava ver a Dayane sem poder falar com ela. Eu ía tentar falar com ela hoje. Vamos ver se consigo!
Desculpem pela demora, eu sei que prometi dois este fim de semana mas o meu avô piorou e so consegui atualizar hoje. Prometo que vou tentar publicar o capítulo o mais rápido possível! Não acontece assim nada demais neste capítulo mas era necessário uma ponte para o próximo.
Continuem a deixar os comentários que são a minha força para continuar a escrever e já sabem, se tiverem alguma sugestão é so dizer. Obrigada pelo apoio
