XXXV - LILI

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"Condenada a amar alguém que se quer sabe o que é o amor

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"Condenada a amar alguém que se quer sabe o que é o amor..."

Acabei aparatando em um local mais afastado de onde deveria para caminhar um pouco. A noite estava agradável, a lua ainda brilhava, mas logo amanheceria. Precisava espairecer. Cole me feriu quando disse que o que temos é sobre pertencer, como objetos pertencem a pessoas.

O fato de não sentirmos o mesmo. Na verdade, o fato de ele não saber o que é sentir algo. Eu sei que é um vampiro, eu sei do que é capaz, eu sei o monstro que é, o que me fez pensar que seria diferente? Solto uma risada, rindo de mim mesma.

O que aconteceu entre nós foi um momento que só de lembrar meu corpo corresponde ansiando por mais dele. Eu realmente estava marcada por toda parte, as digitais dele estavam impregnadas em mim, ele invadiu e se apossou de meu corpo, da minha alma e de meu coração. As coisas que ele me faz sentir, nunca senti. Eu queria mais e mais.

– Lili? É você? – A voz de Barbara ecoa, ela vem em minha direção. Eu já estava próxima do local que eu e minhas primas realizamos o rito inicial da Lua da Fertilidade. – Sim Bárbara sou eu, Madelaine e Morgui ainda estão adormecidas? – Questiono. Sai para ir ao encontro de Cole, assim que as duas adormeceram para o banho de lua.

– Sim, mas logo acordam, logo vai amanhecer, mas me diga como foi lá com Cole? – Eu via nos olhos de Barbara a ansiedade para eu lhe contar o quão maravilhoso foi minha noite com ele. Não posso dizer que não foi. Estar em seus braços como estive faz eu me sentir viva, mas nossa noite não terminou da melhor maneira.

– Foi bem. Aliás tenho algo para te entregar. – Digo para assim cortar o assunto, sei que a carta vai faze lá esquecer isso. – O que teria para me entregar? – Bárbara se aproxima com uma expressão de curiosidade. – Hmmm, tem a ver com Dylan. – Na hora que falo o nome dele, seus olhos brilham e a expressão de curiosidade passa para uma de ansiedade. Ela me observa atenta enquanto retiro a carta de meu decote e quando entrego em sua mão é como se ela nunca mais fosse soltar.

– Uma carta? Dylan me escreveu uma carta? – Seu sorriso apaixonado. – Cole pediu para que te entregasse. – Ela examina a carta, passando os dedos, como se isso a fizesse senti lo.

– Quero abrir. – Então abra Barbara! – A encorajo sorrindo.

Suas mãos delicadas abrem a carta com uma certa pressa, porém com cautela. Ela começa a ler, as mãos trêmulas, uma das mãos na boca, e quando termina vejo pequenas gotas de emoção se formarem em seus olhos.

– Minha primeira carta de amor, Dylan ele... – Não consegue finalizar, está emocionada demais. – Queria escrever de volta, será que dá próxima vez que você e Cole se encontrarem levaria uma para mim?

– Claro Barbara, só não sei quando encontrarei Cole outra vez, não marcamos outro encontro. – Minha voz saí falha nas últimas palavras. – O que aconteceu Lili? – Ela se aproxima de mim pegando minhas mãos. Preciso me esforçar para conter lágrimas.

UNDER THE MOONLIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora