XXVII - DYLAN

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"Os destinos são traçados, mas são nossas escolhas que nos levam aos caminhos que iremos percorrer

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"Os destinos são traçados, mas são nossas escolhas que nos levam aos caminhos que iremos percorrer."

Sinceramente, acho que nunca me senti tão nervoso. Talvez seja o fato de estarmos saindo escondidos, mentindo e omitindo por onde andamos e o que fazemos, acobertando e tendo contato direto com bruxas, que até então devíamos estar caçando e matando, tendo em hipótese qualquer deslize da nossa parte, resultaria no fim de nossas vidas e o começo de uma nova guerra.

Tudo poderia dar errado.

– Vai dar tudo certo. – Cole, que até então andava de um lado para o outro freneticamente, disse tentando acreditar em suas próprias palavras. Ele sem dúvidas estava muito mais nervoso que eu, era como se eu pudesse ouvir as engrenagens do seu cérebro se movendo a cada pensamento que ele tinha, só faltava sair fumaça pelos seus ouvidos de tão perturbado que está com essa história toda. – É claro, tem que dar tudo certo. É a nossa única chance. Precisa dar certo, precisa ter alguma cois-

– Cole, para com isso! – segurei ambos os ombros com a intenção de fazê-lo parar no lugar, tomando toda sua atenção, obrigando a me olhar nos olhos. Tentando pelo menos transmitir o máximo de calma que consigo. – Se você continuar assim, não vai conseguir encontrar nada. Tenta respirar um pouco. Eu sei que é difícil, mas tenta relaxar, ou realmente vai dar tudo errado. – Cole suspirou. Cole estava cansado, tudo era esgotante.

Até que enfim encontramos vocês. Liliane bufou irritada com as mãos na cintura.

Um pouco atrás dela, estava Bárbara, com as mãos juntas, segurando um livro de aparência velha, frente ao corpo, a cabeça baixa, parecia intrigada, diferente de sua prima, que estava com a cabeça erguida, tentando ao máximo passar confiança e não demonstrar medo.

Ainda não sei como ela teve tanta coragem de envolver Bárbara nisso tudo, ela é tão delicada. Tão frágil. Tenho certeza que Liliane nunca se perdoaria caso acontecesse algo com Bárbara. Morreria com a culpa.

Precisamos nos apressar, quanto mais rápido voltarmos, melhor. Tomou novamente a palavra. Cole ao meu lado, pareceu ficar ainda mais agitado, conseguia ver seu peito subir e descer rapidamente junto a respiração pesada, o coração bater mais forte entre o peito.

Ele logo vai explodir.

Também concordo. disse por Cole, já que ele estava imerso demais em pensamentos, que lhe impediam até de raciocinar corretamente. Mas primeiro precisamos saber onde vamos. Pelo pouco que Cole me contou, é uma tal de cabana abandonada. – As duas moças assentiram. – Mas onde fica?

– Na floresta. – Cole soltou ríspido, olhando fixamente nos olhos de Liliane, o que havia entre os dois pesava até o ar em volta. Ela por sua vez rolou os olhos impaciente.

– Isso é meio óbvio, não acha? – retrucou. – Por que não tenta fazer alguma coisa de útil, ao invés de ficar com essa cara de quem tomou chá de alho?

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