XXIV - BARBARA

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"Nascemos com os caminhos traçados

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"Nascemos com os caminhos traçados. O destino por sua vez fazia os próprios."

Já fazia um tempo que Lili havia subido para seu quarto, o silêncio na sala permanece, cada uma está entretida em seu afazer. Não estou totalmente confortável em estar mentindo sobre a situação de Lili, e sei tão pouco, quero ajuda-la e prometi a ela isso, estou entre a cruz e a espada.

Estou lendo dessa vez um livro de história dos humanos, fico fascinada com a habilidade de serem tão fantasiosos. Este é um romance, sei que isso é comum entre eles, toda a coisa de viverem felizes para sempre, não sei como inseriram as bruxas nessas fantasias, não nos preocupamos com amores impossíveis, ou em invejar uma princesa, temos preocupações bem maiores.

– Como foi hoje na floresta meninas? – Tia Néfria interrompe o silêncio, mas não tira os olhos do jogo de runas.

– Foi ótimo, o dia estava incrível, conseguimos as rosas brancas para a semana da lua da fertilidade. Uma pena quase não podermos fazer isso. – Morgui diz terminando a frase com tristeza no olhar.

– Que bom que correu tudo bem, e não fique assim minha querida, você sabe que não podemos tomar tal liberdade. – Tia Narcisa diz.

– Barbara e Lili parecem que estavam fazendo qualquer outra coisa, menos colher o que precisávamos quando as encontramos estavam paradas em um local estranho da floresta. – Madelaine diz, tomando a atenção das tias.

– O que você quer dizer com isso? – Tia Ismelda questiona se virando para nossa direção.

– Nada Tia, é que eu e Lili pensamos na possibilidade de acharmos umas ervas mais especificas e raras, acabamos não vendo a noção do tempo, procuramos, mas sem sucesso. – Digo e Madelaine me encara desconfiada.

As tias se entreolham, por um momento achei que iam prolongar o assunto, mas voltaram para seu jogo, Madelaine e Morgui ficaram cochichando algo que não conseguia ouvir. Resolvo subir para terminar minha leitura em meu quarto.

Passo pela porta do quarto de Lili e senti que precisava bater na porta, sei que ela deve estar preocupada, procurando alguma forma de encontrar respostas depois de hoje, talvez possa ajuda-la.

– Lili está acordada? – Bato na porta, mas não tenho respostas. Coloco meu ouvido na porta, está um silêncio completo, quando escuto o barulho de uma porta dentro do quarto, ela devia estar no banho. Bato novamente. – Lili sei que está acordada, abra por favor. – Digo mexendo na maçaneta, e antes que eu desista ela abre a porta, está chorando, de camisola e molhada. Algo ruim aconteceu aqui.

– Barbara? – Ela arregala os olhos ao meu ver.

– Está tudo bem? O que aconteceu? – Digo olhando para dentro do quarto.

– Não... quer dizer está, estava no banho. – Ela está agitada e ofegante.

– De camisola? – Ela parece estar com medo de algo e sofrendo por isso.

UNDER THE MOONLIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora