XLIV - ADAM

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" Poder, grandes castelos, tetos de vidro prestes a desmoronar

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" Poder, grandes castelos, tetos de vidro prestes a desmoronar."

Nunca em todo esse tempo de eternidade, convivendo com o clã, tinha visto Dylan se portar da maneira que se portou, não era ele ali. Tantas as vezes que Devon o pressionou para despertar esse lado. Não consigo explicar o que aconteceu ali, o que o teria inflado para me atacar como se eu fosse um inimigo, e não que fossemos algo, tínhamos o mesmo sangue, mas estava longe de ter qualquer vínculo. É como se ele nunca tivesse pertencido ao clã, ao que somos.

– Um fracassado, é o que ele é. – Digo em voz alta para mim mesmo, e dou risada.

Os homens que saíram junto de mim das selas já não me seguiam mais, ordenei para que fossem exercer suas devidas funções. Agora precisava fazer algo que há um tempo venho planejando.

Iria confrontar Devon sobre as questões da sucessão de seu trono. Não era justo que eu como mais velho não assumisse esse lugar, eu era mais capaz e melhor que Cole, até os membros do clã concordavam. Venho os sondando, quem sabe com uma certa pressão eu não consiga o lugar que é meu por direito. 

Eu estava mais do que preparado para liderar essa guerra. Seria escrita com meu nome as histórias de como as bruxas foram apagadas da existência do mundo.

Passo pelos corredores apressado até a sala de Devon, a porta não está fechada e pelo que meus sentidos apontam Mareska está com ele. Ela se tornou sua sombra desde o desastroso dia do casamento, o que para mim foi mais do que maravilhoso, mais um fracasso no caminho do reinado de Cole. Eles não percebiam que nada estava indo a favor? Esse destino era meu e não dele. Cogitei a possibilidade de ir atrás de Oráculo, mas Mareska a libertou e não se sabia sua localização.

– Com licença, Devon, Mareska. – Entro na sala, os dois estão conversando em pé ao lado de uma das janelas, me olham assim que entro.

– Sim Adam, entre. – Devon diz, percebo sua expressão de sobrancelhas arqueadas para Mareska, que desvia o olhar para o chão. Devon caminha se sentando em sua cadeira.

– Preciso falar algo de importância a vocês. – Me ajeito em postura encarando o homem a minha frente, ele não me intimida como aos outros.

– Se for o que já prevejo, não perca seu tempo Adam. – Devon dispara rispidamente, mexendo em alguns papéis a mesa. Mareska continua parada, apenas nos observando.

– Não sei o que prevê, não leio pensamentos. – Rebato e me aproximo ainda mais. Percebo um suspiro de Mareska, a olho. A mulher está parada olhando para o nada imersa em pensamentos.

– Adam, Adam... não ouse me desrespeitar ou tentar me enfrentar. – Devon sorri irônico, está achando graça da situação, o que começa a me irritar.

– Vim reivindicar meu direto ao trono, a ser seu sucessor e comandar essa guerra. – Disparo as palavras, sem rodeios. A risada de Devon invade o local, suas gargalhadas são carregadas de maldade. – Veja Mareska, sua cria consegue ter bom humor. – Em meio aos risos diz a Mareska, que se mostra indiferente, ainda pensativa.

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