Cisne e Os Porquinhos

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Oh! Cisne, deusa entre os animaizinhos

Cantar sua glória podem pardaizinhos

Sobre as árvores da Aeana fazendinha

Brincando todos na sua cirandinha


Seu titânico pescoço nos leva

A nos curvarmos ante a sua presença

A sentir a magia que nos enleva

A aceitar a nossa dura sentença


Oh! Como são delicadas suas penas

De uma nívea brancura feita apenas

A asa que nos aponta e nos apena


Doma o galo briguento e o cão pastor

Dançam para ti a esquilinha e o castor

Torna-te dos bichinhos o Alastor


Atravessa este celeste laguinho

Remando fatigados o barquinho

O porquinho-da-índia e os seus amiguinhos


Ao palácio da Cisne um grupo chega

Com milho e leite o grupo se aconchega

O pica-pau à corujinha se achega


Unta-o na móli para protegê-lo

Para que possa derrotar o gelo

Do coração dela sem amergê-lo


"Nossos antes delicados focinhos

Não farejam mais os frescos docinhos

Nós fomos transformados em mocinhos"


"Nunca mais iremos brincar na roda

Fazer no jardim da casinha a poda

Tanto dedo na pata me incomoda"


Corujinha provou então o leite e o milho

Mas de humanos não se tornou então filho

"Oh! Poderosa Cisne, por favor

Libertai meus porquinhos do pavor"


Cisne com sua varinha de condão

Trouxe então de volta da aliá ao gondão

Juntos os bichinhos permaneceram

Pelos anos que assim se sucederam

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