Capítulo 7

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Depois daquele dia, Bright me pediu para não o deixar e eu pretendo cumprir a promessa, mesmo sabendo o que vai me custar…

Todos os dias ao lado dele, tem sido algo que eu realmente nunca imaginei ter, com ninguém. Nunca liguei para outra pessoa, além de mim obviamente. Mas ele me faz querer o proteger, de tudo e de todos.

Conheci o Nani, naquele dia, mais tarde, quando realmente, ele voltou ao quarto para buscar a chave da moto. Por sorte, ele imaginou que estaríamos ocupados e só voltou quando a noite chegou. Ele parece um cara legal, conversamos um pouco sobre como o Bright é um chato e de como ele está feliz por ele.

Contei ao Dew, dias depois, quando ele veio me ver e saber o que tinha acontecido e ele me deu parabéns e também me alertou sobre o meu pai… O prazo do acordo está perto de terminar e no momento não quero pensar nisso.

Estamos no meu apartamento, ele está com a cabeça no meu colo e lendo um livro e eu mexo nos seus cabelos e ele a cada 5 minutos protesta.

— Desse jeito, eu nunca vou acabar esse livro, dá para parar? E você não tem que estudar não?

— Mas foi você que pediu? — perguntei confuso. — Já chegou deitando a cabeça no meu colo e pedindo carinho. E não, respondendo sua outra pergunta, eu vou às aulas para te ver. — Ele me encara por alguns segundos e depois volta a sua expressão de antes.

— Eu nunca disse isso! — diz irritado e se levanta, se sentando agora do meu lado e me encarando sério. — Você é tão meloso às vezes...

— Está bem, Charlotte, garota, vem aqui — chamei-a e segundos depois, ela vem, sobe no meu colo e começo a fazer carinho nela. — Já que alguém aqui não aceita ser mimado por mim, outros não reclamam.

Ele olha para mim e depois para Charlotte e fecha a cara e fala:

— Devia ter trazido a Ame. Ela sim, gosta de mim.

— Você é dramático demais. — coloco a Charlotte no chão e o puxo para que o mesmo se sente no meu colo, com cada perna de um lado, de frente para mim e o abraço. — Tá feliz?

Ele não responde e ficamos assim por alguns minutos e escuto ele falar baixinho que não quer sair dos meus braços nunca.

Escuto algumas batidas na porta e fico alerta, o único que me visita é o Dew e ele não bate, já vai aparecendo na minha frente. Além do mais, avisei que hoje não queria ele por perto, para não assustar o Bright. Então, quem pode ser? Me dei conta de quem pode ser e tiro Bright do meu colo e peço para ele ficar no meu quarto.

— O que foi? — pergunta meio confuso e preocupado. — Quem é?

— Nada com o que você deva se preocupar, está tudo bem, mas preciso que você fique no meu quarto. 

Mesmo relutante, ele vai e eu tranco a porta e abro a da frente, com apenas um estalo.

— O que está fazendo aqui? 

— Isso é jeito de tratar um rei? E ainda mais seu pai? — pergunta ele com uma falsa indignação.

Por sorte, quando tranquei a porta do meu quarto, isolei os sons e ele não vai ouvir nada da minha conversa. Ele não precisa saber a verdade sobre mim, ainda não.

— O prazo termina amanhã, mas eu não consegui segurar minha alegria e vim antes. Você falhou, hora de cumprir o combinado. — Ele vem até a mim e mesmo de longe eu consigo ver as chamas crispando nos seus olhos. Que droga lidar com O grande senhor, das trevas, Lúcifer Morningstar. Aqui na minha sala. — Cumpra o trato ou sofra a minha ira.

— Você precisa melhorar suas frases de efeito, pai… E bem, você está muito ansioso, por que não tomamos uma xícara de café antes da conversa? — pergunto e ele aceita.

 Príncipe Do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora