5- A Teoria do Fogo

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— Dulce você tem certeza?  — Maite perguntou pela quinquagésima vez naquela manhã

— Claro que sim Mai. Já vi Christopher duas vezes, umas terceira não vai ser o fim do mundo, ainda mais depois da conversa que tivemos ontem.

— Eu ainda acho melhor você entrar com pedido de guarda...  — a morena sugeriu e Dulce balançou a cabeça em negativo

— E fazer a minha filha me odiar mais do que me odeia? Não Mai, eu tenho que ir por partes, conquistar a confiança dela e só aí entro com um pedido de guarda.

Maite assentiu, e não tocou mais no assunto com Dulce até chegarem na C&A records. Assim que chegaram se depararam com Christian parado na porta esperando elas

— Oi meninas, bom dia.  — o ex-loiro as saudou e Dulce correu ao seu encontro o abraçando fortemente  — Também morri de saudades de você ex ruivinha...

Os dois ficaram assim por alguns segundos até que começaram a chamar atenção e se separaram. Christian olhou para Maitê que apenas acenou. Sabia que as coisas com ela não iriam se resolver fáceis, mas não iria desistir dela.

— O Christopher tá esperando a Dulce no escritório dele, Mai... quero dizer, Maitê, pode vir comigo até o estúdio de gravações esperar a Dulce.

Dulce assentiu e se despediu da amiga, desejando boa sorte para ela que desejou o mesmo. Assim que Christian e Maitê sumiram de vista, ela se dirigiu ao escritório de Christopher no andar de cima.

— Bom dia, vim falar com Christopher Uckermann  — disse para a secretária , que a olhou de cabo a rabo. Dulce não gostou nada dela

— O seu nome por favor.

— Dulce Maria  — ela respondeu tirando os óculos escuros e a secretária arregalou os olhos

— M-meu D-Deus! Você é a Dulce Maria!  — a mulher disse assustada e se levantou  — Mil Desculpas senhora, você pode entrar, o senhor Uckermann já está te esperando.

Dulce sorriu satisfeita, e se perguntou por que as pessoas nunca a reconheciam por trás dos óculos escuros. Pelo menos o disfarce continuava funcionando depois de dezessete anos de carreira.

Quando entrou no escritório a primeira coisa que reparou foi a vista privilegiada que mostrava uma parte da Praça da Constituição e logo depois viu Christopher  de costas para ela, observando a vista e bebericando uma xícara de café.

— Bom dia, Dul.  — ele disse ainda de costas e ela se assustou se perguntando como ele sabia que ela estava ali  — Consegui ver você chegando pelo reflexo da janela.

— Hm, bom dia, Christopher  — Dulce disse se sentando em uma das cadeiras e ele se encostou na borda da mesa , deixando a xícara de lado

— Não precisamos de formalidades hoje, já que vamos falar da nossa filha.  — Christopher disse e Dulce deu um pequeno sorriso, por que pela primeira vez das duas vezes que se viram ele havia se referido a Luna como filha dos dois  — Você sabe que pode me chamar de Chris.

— Que seja, então, Chris. Comece logo o que você tem para me falar, não tenho todo tempo do mundo.

— O que quero te propor é que contemos a Luna hoje toda a verdade.

Luna - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora