6- Ignição

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Boa leitura!

O homem de cabelos pretos caminhava apressadamente pelo aeroporto, como se estivesse atrasado para algum compromisso. Estava sozinho, pois ninguém além de um taxista o esperava na parte de fora do aeroporto. Carregava consigo uma maleta e uma minúscula mala , deixando subtendido que iria passar menos de uma semana na Cidade do México.

— Boa tarde, senhor! — o taxista o cumprimentou animadamente e o homem sorriu para ele

— Boa tarde.

— Para onde vamos?

— Para um hotel em frente a Praça da constituição.— disse o homem e o taxista apenas balançou a cabeça, já sabendo de qual hotel se tratava.

Passado alguns minutos, o taxista já estava achando estranho todo aquele silêncio então resolveu fazer algumas perguntas

— Como o doutor se chama?

— Nada de doutor. — ele sorriu — Me chamo, Alfonso. Alfonso Herrera. E você?

— Me chamo Manuel. O senhor quer dizer... o Alfonso Herrera, músico, ator? — o taxista perguntou maravilhado

— Esse aí é o Poncho. — Alfonso sorriu divertido. Costumava dizer que Alfonso e Poncho eram duas personalidades diferentes. Poncho era o artista, cantor e ex-rbd. Alfonso era o homem reservado e de família.

— Entendo... O senhor tem filhos?

— Não, mas sempre quis os ter. Uma pena que nunca encontrei a mulher certa para isso.

O que era mentira, claro. A mulher certa havia sumido da vida dele a mais de quatorze anos. E por coincidência ou não, ela morava no México.

Isso era o que ele achava, provavelmente tinha realizado seu sonho de ser mãe, se casado e ido embora dali depois que a banda acabou.

— Eu tenho duas — o taxista o despertou dos pensamentos — Alicia e Daniela, são meus tesouros! Alicia já tem vinte e três anos, está grávida do meu primeiro netinho!

— Meus parabéns Manuel!

Os dois continuaram conversando amigavelmente o restante da viagem, porém aquele assunto de filhos e casamento remexeu uma coisa do passado que ele não queria lembrar, mas que o México trazia a tona toda vez que ele pisava ali.

[...]

— ... Trata-se da fase inicial e a maneira como o incêndio começa depende de inúmeros fatores e.... Luna você está me escutando? — Aisha estalou os dedos na cara da amiga. Fazia duas semanas que estavam indo as duas todos os dias para a biblioteca para estudar para as avaliações que se aproximavam.

— Ham? Ah sim estou.

— Sobre o que eu estava falando? — ela perguntou e Luna mais uma vez se distraiu — Eu desisto de você.

— Desculpe Aisha! É só que...

— É só que...?

— Promete não contar pra ninguém o que eu vou te contar agora? — Luna mordeu o lábio inferior e Aisha concordou se sentando novamente na cadeira da biblioteca— Eu e o Piettro estamos em uma missão.

— Missão de que? Vocês são super heróis e eu não sabia? — ela zombou e Luna revirou os olhos

— Como você é engraçada! Estamos em uma missão para descobrir quem foi a mulher que quase me atropelou semana passada...

— VOCÊ FOI ATROPELADA?

— SHHH! — o bibliotecário carrancudo soltou e Aisha voltou a se conter

Luna - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora