Luna - VONDY

Prologo

13 anos antes

Cidade do México , México,

— Dulce você não pode simplesmente ir embora assim! — Anahi protestou se colocando a frente da porta do quarto em que Dulce e Christopher dividiam— Você está com a cabeça quente para dirigir.

— Annie sai da minha frente por favor — A ruiva diz firme segurando uma mala pequena e uma bolsa de mão — Eu não vou pedir duas vezes.

Anahi saiu da frente da porta mesmo que contra sua vontade e Dulce seguiu até o quarto do lado que tinha uma delicada lua na porta. Ao abrir encontrou Alexandra de braços cruzados em frente ao berço de sua filha, Luna.

— Alexandra, você pode me dar licença? Eu quero pegar a minha filha.

— Você não vai levar Luna a lugar nenhum. — a mulher de meia idade cuspiu — Ja não basta ser uma vagabunda e estragar o seu casamento com aquele maldito  Pablo. Não vou permitir que estrague a vida da minha neta também!

— Escute aqui, vagabunda é você! Saia da frente ou eu não respondo por mim. - Dulce a fuzilava e Alexandra continuava imóvel na frente do berço

— Não vai levar minha filha, María. — a voz grave de Christopher ecoou pelo cômodo causando um arrepio na nuca de Dulce. Ela odiava ainda sentir aquilo por aquele maldito. — Se quer me abandonar, me abandone, mas a Luna você não leva.

— Eu sou a mãe dela , Christopher! — Dulce levantou o tom

— QUE SE DANE! VOCÊ NÃO PENSOU NISSO QUANDO ME TRAIU COM O PABLO! — Ucker esbravejou e a pequena Luna começou a chorar devido a discussão

Dulce empurrou Alexandra para o lado e pegou a pequena Luna, de um ano e dez dias no colo tentando a acalmar em vão. Sabia que a filha só se acalmava quando acordava, quando Christopher a pegasse no colo.

Christopher ergueu os braços para que Dulce a entregasse, e ela assim o fez. A ruiva já chorava copiosamente por ver sua filha nos braços do homem que um dia havia amado.

— Ja sabe com quem ela prefere ficar não é? — Alexandra soltou em um tom venenoso

Dulce seguiu até a porta do quarto e olhou para trás na esperança de que Christopher olhasse também.

Mas ele não olhou. E permaneceu virado de costas para ela olhando para o móbile de estrelas enquanto ninava a pequena.

Dulce entendeu aquilo como uma resposta, e Christopher segurou o choro até a porta do quarto bater.

— Vamos embora daqui. — a ruiva disse entre soluços para Maitê que já estava do lado de fora a aguardando— Eu preciso ir embora daqui.

— Dul, mas e a Luna? - a morena perguntou e a outra balançou a cabeça em negativo. Maitê a abraçou — Eu sinto tanto amiga, vamos embora agora mesmo.

— Dul, Mai! Esperem ! — Anahi correu até o encontro das duas amigas e ex colegas de banda — Você ia mesmo sem se despedir de mim, Candy? — os olhos verdes de Annie já estavam marejados

— É claro que não , Barbie. — As duas se abraçaram muito forte e Dulce sussurrou — Eu não o trai Annie. Eu juro que não o trai. Por favor diga isso a minha filha. Não deixe que ela tenha essa imagem de mim. Eu vou voltar Annie, vou voltar pra minha filha.

Annie assentiu e abraçou Maitê .Ao ver o carro dobrar a rua do condomínio e sumir de vista, limpou as lágrimas e seguiu para dentro da mansão dos Uckerman.

— Ela foi embora? - Christopher perguntou baixo sentado na escada

— Sim Chris... — A loira sentou do lado de Chris e passou a mão nos cachos dele — Chris ela não traiu você.

— Annie por favor... Não há nada do que Dulce diga que prove ao contrário do que fotos e provas dizem!

— Mas Christian...

— Mas nada Anahi. E não quero mais ouvir esse nome em minha casa e muito menos perto da minha filha — ele disse autoritário e subiu as escadas — Não quero que minha filha saiba o tipo de mulher que é a mãe dela. Prefiro que esteja morta e enterrada.

Anahi não o reconhecia, ele não era mais o Christopher que ela havia namorado na adolescência e nem o Christopher que fazia brincadeiras com todos. Muito menos o Chris apaixonado e pai babão. O mundo havia virado do avesso, e seu melhor amigo também.

Esperava do fundo do coração que Dulce voltasse e cumprisse a promessa que fez a ela.