A viagem não durou mais de meia hora, o que fez o sossego do grupo durar pouco.
Melina acordou com Samuel sacudindo seus ombros. A morena bocejou, tapando a boca, e olhou para fora da janela.- Putz...
Cachoeira Escura estava pior, se possível.
Parece que as pessoas de Belo Oriente haviam fugido para cá, mas não adiantou nada. Carros quebrados na rua, corpos ensanguentados e fumaça estavam aos montes em qualquer direção que se olhasse.
Zumbis gemiam pela rua, andando sem direção."Como isso aconteceu?"
A garota tirou seu cinto de segurança, pegando a adaga em sua cintura.
- Tom, vire à esquerda, por favor.
O adolescente obedeceu, virando a esquina.
- Isso não é bom... - Samuel murmurou, atrás de Melina.
A garota meneou a cabeça.
- Não, não é.
Mortos-vivos vagavam em frente à loja de armas, aos montes.
- Não dá pra matar todos! - Beth exclamou, apertando o cabo de sua pistola.
Melina suspirou.
- Beth, Tom. Deixem suas armas na van.
Os irmãos a olharam, confusos.
- O barulho dos tiros só vai atrair mais zumbis. - Ela girou a adaga habilidosamente em sua mão, entregando o cabo para Beth - Tome.
A loira deixou sua pistola na parte de trás da van, pegando a adaga.
Melina pegou sua mochila. Abriu um pequeno bolso na lateral e tirou um canivete.
Ela se virou para Tom, corando.- Katana ou canivete?
- Katana.
A morena desembainhou sua katana, e entregou-a para Tom.
- Vamos entrar pelos fundos. - Ela abriu seu canivete - Passamos pela frente correndo, vamos para a rua de trás e arrombamos a porta.
A garota sorriu.
- Mamãe, fique aqui. Sabe como usar a pistola, certo?
Sabrina assentiu, puxando Miguel para perto.
- Okay. - A morena abriu sua porta, fazendo os outros adolescentes seguirem-na - Vamos lá.
Os adolescentes saíram da van e correram por sua vidas. Mataram alguns zumbis, mas chegaram a salvo na porta dos fundos.
Melina colocou a mão no bolso da calça, pegando um clipe de papel.
- O que você tá fazendo? - Tom perguntou, recebendo um sorriso de Melina.
- Observe.
A garota esticou o clipe, colocando-o na fechadura da porta. O levantou levemente, ouvindo um "Click". A morena girou a maçaneta, abrindo a porta.
Samuel a olhou boquiaberta.
- Você aprendeu mesmo a abrir.
Melina riu.
- Eu disse.
Os adolescentes entraram na loja, trancando a porta.
- Não tem nada aqui. - Beth olhou ao redor - Nem um zumbi.
Samuel e Melina se entreolharam, sorrindo.
- A loja devia estar fechada quando começou. - A morena respondeu - O estranho é que ninguém veio pegar nada aqui.
Tom foi olhar as pistolas, guardando munição em sua mochila.
- Quer dizer - Melina passou a mão na lâmina de uma faca, olhando para os cantos da loja - Essa é a única loja de armas por aqui.
Samuel entendeu a mensagem, pegando uma pistola e um silenciador.
- Já devia ter passado alguém por aqui.
Beth pegou dois canivetes e guardou algumas armas em sua mochila.
Melina sorriu, pegando uma faca e girando-a.
O barulho do engatilho de armas e uma leve pressão na cabeça de Melina e de Beth fez os adolescentes se assustarem.
- Abaixem as armas. - A voz atrás de Beth disse - Ou matamos elas.
Os garotos colocaram suas armas no chão relutantemente, observando as figuras encapuzadas.
- Bom. - A voz atrás de Melina disse, fazendo a garota arregalar os olhos - Agora...
- Espera aí. - A morena interrompeu o homem - Se você for quem eu estou pensando, vai levar um murro bem no meio da cara por não me reconhecer.
A garota ouviu o homem engolir em seco.
- E você. - Ela apontou para o outro homem (Adolescente, na verdade) - Abaixe essa porcaria de arma. Se achou que eu não lembraria da sua voz, está muito enganado.
A outra figura a olhou estranhamente, arregalando os olhos depois de dar uma boa olhada na garota.
Ele abaixou a arma, gesticulando para seu companheiro fazer o mesmo.
O adolescente abaixou seu capuz, revelando cabelos e olhos castanho-escuros. Samuel o olhou, espantado.
- Fael?
Rafael, o colega de escola de Melina e Samuel, estava bem na frente dos garotos.
Melina se virou para o outro homem, de braços cruzados. A figura suspirou, abaixando o capuz.
Olhos castanhos encontraram os negros de Melina, e a garota sorriu.
- Wallace-nii! - A garota abraçou o homem, quase fazendo os dois caírem.
- Mel. - Wallace sorriu, abraçando sua "Irmã" de volta.
Os outros quatro adolescentes assistiam a cena, sem saber o que fazer.
- Bem... - Rafael passou a mão pelo cabelo - É bom ver vocês.
Continua...
A/N: Hehueheuehueheuh
Vou postar a continuação amanhã~
O Wallace é como um irmão mais velho pra mim e o Samuel, e o Rafael é um colega nosso.
Espero que tenham gostado :D
Até o/
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Início do Fim
HorrorA humanidade era ruim. Pessoas não ligavam para as outras, apenas se importavam com si mesmas. E então, veio o apocalipse.