22 de fevereiro de 2015 - 06:42am
Melina prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo, seus cachos negros balançando levemente com o movimento.
Seus olhos se concentraram em sua mãe e seu irmão, que dormiam pesadamente na cama do pequeno apartamento.
Ela sorriu, escrevendo uma pequena nota.
"Fui dar uma volta, volto já."
Suas íris negras encontraram o céu do lado de fora: cinza e feio. Refletia bem a situação em que estava.
Saiu silenciosamente, trancando a porta e descendo as escadas como uma ninja.
Pensou em como sua vida mudara em apenas uma semana. Evoluiu de estudante do segundo ano para sobrevivente.
Ela abafou uma risada, lembrando-se de seus amigos.
“Eles diriam que eu virei um Pokémon.”
Sim, a cabeça da garota não estava em suas melhores condições. Afinal, ela viu seus amigos morrerem, sendo mastigados para longe dela.
- O Samuel não estava lá... – Murmurou, olhando a rua.
Pegou o celular no bolso de sua calça jeans e discou o número de seu melhor amigo – Samuel.
O barulho familiar da discagem invadiu seus ouvidos.
- Atende... – Ela mordeu o lábio nervosamente, batendo os pés no concreto.
Como nenhum morto-vivo passara por ali ainda é um mistério.
- Mel?!
Seus olhos se arregalaram.
- Samuel? Jesus! – Melina girou, fazendo uma dancinha no degrau em que estava.
Sorriu, pensando em como encontrar o amigo.
- Cara. Onde você tá?
A voz do outro lado da linha estava trêmula e um pouco sem fôlego.
- Correndo pela rua da locadora. Têm uns cinco zumbis atrás de mim.
A garota desligou o celular e abriu o portão com tanta força que ele voltou e quase bateu em seu rosto.
Fechou o portão, para evitar o trabalho de matar algum zumbi na escada, e correu.
Virou a esquina à sua esquerda e sorriu. Samuel arregalou os olhos, correndo ainda mais para encontrar a amiga.
Eles se abraçaram, e Melina desembainhou a katana. Três zumbis andavam como lesmas atrás de Samuel.
- Três. – Ela virou e encarou o amigo – Sério? Você disse que eram cinco.
O moreno deu de ombros.
- Eu exagerei um pouco. – Ele viu a morena rolar os olhos – E eu estou sem armas.
- Claro.
A adolescente andou até os três, cortando a cabeça de um por um rapidamente.
- Vamos. Achei um apartamento aqui perto.
Os dois andaram lado a lado, num silêncio confortável.
- Seus pais? – Melina perguntou, sabendo que Samuel captou a mensagem.
- Minha mãe está em casa, trancada. Meu pai foi mordido.
A adolescente olhou para o chão, refletindo.
- Onde foram parar os zumbis dessa cidade?
Samuel olhou ao redor.
- Provavelmente na estrada. A maioria ficou na escola, se pararmos para pensar. Os portões estavam fechados, então só quem conseguiu pular o muro sobreviveu.
Melina balançou a cabeça, assentindo.
Melina o guiou até o apartamento, tomando todas as medidas de segurança para nenhum morto-vivo entrar.
- Cheguei!
Sua mãe saiu do quarto, assustada, e abraçou-a.
- O que você estava pensando?! Se uma daquelas...
Depois de cinco minutos de repreensão, Sabrina percebeu a presença de Samuel.
- Samuel! – Ela o abraçou, fazendo Melina rir. – Pensei que não tinha mais pessoas vivas nessa cidade.
- É, eu quase morri na escola.
O moreno olhou para o chão, seus olhos castanhos encarando uma mancha no chão.
– Mas eu consegui. – Ele olhou sua melhor amiga e sorriu – E graças a Deus eu não fui o único.
Melina sorriu de volta.
- Primo?
Três pares de olhos viraram para a figura do irmão de Melina.
- Ei, Miguel.
O garoto correu para o amigo de sua irmã, seus cachos loiros balançando violentamente com a velocidade.
Melina sorriu, e olhou para a janela.
Parece que o céu não está mais tão feio.
A/N: Hello pessoal o/
Espero que tenham gostado.
Caso estejam imaginando o que eu (Melina) estou vestindo, aqui está o link: http://www.polyvore.com/angels/set?id=147074582.
Obrigada por lerem >3<
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Início do Fim
HorrorA humanidade era ruim. Pessoas não ligavam para as outras, apenas se importavam com si mesmas. E então, veio o apocalipse.