Fábio terminava de ajeitar o último balão quando o som do portão eletrônico foi ouvido. Fernando, que arrumava as coisas na mesa, parou tudo e buscou o smartphone no bolso. Assim, conseguiu filmar Marco abrindo a porta dos fundos enquanto carregava um dos filhos no bebê conforto.
Elisa surgiu em seguida, com uma bolsa gigante e outro bebê conforto. Por fim, Dona Nonô apareceu com o último. Andreia veio logo atrás, com uma cara de poucos amigos para a avó possessiva.
Ao se depararem com a casa enfeitada e a mesa cheia de coisinhas boas para comer, Marco e Elisa sorriram. Especialmente porque não havia nenhum salgadinho à vista, apenas bolo de legumes e pão sírio com recheios aparentemente repletos de vegetais e sem nenhuma fritura. Ninguém aguentava mais pastel e coxinha.
— Sejam bem-vindos — Fábio disse baixinho para não acordar as crianças. — Ai, deixa eu ver essas preciosidades.
— Já lavou as mãos, Fábio? — Elisa perguntou, desconfiada.
Ele ergueu as palmas para cima.
— Lavei até o cotovelo com sabão bactericida e, para não ter dúvidas, me enchi de álcool gel. Também já fiz essas duas se lavarem. — Apontou para Luana e Morgana. — Agora deixa o titio Fábio pegar um desses bebês.
— Ei, ei, espera aí! Se mexer neles, vai acordá-los. — Andreia parou na frente do amigo, um tanto enciumada.
— Vou nada. Com poucos meses esses pacotinhos de amor só querem dormir, mulher. — Fábio fez um gesto para que ela o deixasse passar. — Além do mais, tenho jeitinho. Agora me digam, papais: quem é quem?
— Este é o Saulo. — Elisa era a única que conseguia identificá-los. — O do meio é o Tauã e o de lá é o Uriel.
Fábio só fez um olhar pidão e conseguiu segurar Saulo no colo.
— São as coisinhas mais fofas que já vi na vida! — Morgana se emocionou, estava toda derretida.
Quando percebeu a ansiedade de Elisa, Fábio devolveu Saulo ao bebê conforto. Os outros resolveram esperar mais uns dias, sem coragem de pegar aqueles três pequerruchos no colo.
Com um sorriso bobo, Luana parou perto de Marco.
— Vocês estão de parabéns. Foram abençoados não com um, mas com três filhos lindos.
— E são ruivos! — comemorou Dona Nonô, orgulhosa. — Eu sabia que a minha filha precisava de um marido loiro para conseguirmos isso.
Elisa fez uma careta.
— Mãe, os três ainda são praticamente carecas, não tem como saber.
Dona Nonô fez um gesto de pouco caso.
— É só olhar contra a luz, oras. Os fiozinhos deles são avermelhados.
Fábio as interrompeu antes que começasse a terceira guerra mundial.
— Bem, sabemos com certeza que não são filhos do vizinho. Os três têm a sua cara, MC.
Ao ouvir aquilo, Marco passou um braço pelos ombros de Elisa.
— Para mim eles são iguais à mãe. O nariz, principalmente.
A discussão seguiu por um bom tempo, em voz baixa, claro, para não atrapalhar os bebês. Como Dona Nonô tinha outro assunto de urgência a resolver, aproveitou para se aproximar de Luana e convidá-la para conversarem na cozinha.
— Que bom que você veio, querida. — A senhora olhava para a porta de vez em quando, preocupada em alguém aparecer e escutá-las. — Por um acaso trouxe o que pedi?
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Meu Adorável Vizinho
HumorLuana não tem escolha: quando é intimada a ser os olhos e ouvidos de Elisa na nova obra da confeitaria, ela precisa lidar com as fugas de Fernando, o irmão bom-moço de sua amiga e principal interessado em sua ajuda. O que não imagina é que está pres...