Sonho Lúcido.

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Tu que me roubas os sonhos lúcidos,
e me devolve, na esperança de viver ao teu lado.
E nos abraços encontro meus planos,
e me reencontro todo dia ao rever nosso passado.

Que me roubas o amor sem mais nem porquê,
que me enfeitiça com teus olhos castanhos quase negros,
me rouba a concentração quando me enrola em teus pêlos,
e pelados me concentro em teu semblante.
Que me cora, e me apaixona a cada dia,
cada risada, cada forma que tens de expressão.
Me encanta tanto que toca o coração...

Te olhando nos olhos, te digo tantas coisa que me perco,
me confundo as palavras ao me hipnotizar em tua vista,
me roubas, sem deixar nenhuma pista de onde me levas,
só levas contigo meu afeto,
e de que outra forma posso te expressar isso,
afinal não posso te mostrar pelo inconcreto,
sei que tens dificuldade de acreditar no incerto.
Por isso que me perco ao te escrever todos os poemas,
dessa vez sem mais sonetos,
não mais aprisiono versos nessas formas,
apenas atento que nem cem sonetos te mostrariam isso.

Infelizmente te oferto somente o incerto,
Mas nunca te deixarei faltar a minha forma de amar.
Te mostro nesse poema, meu afeto, mesmo que não totalmente concreto.
-Pedro V. Costa.

9 de março de 2021.
Belém, Pará.

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