Te amo, hoje mais que nunca...

Somente Dois de Nós II.

O dia amanheceu lindo hoje,
e ao ver o sol da manhã tu me veio a mente.
Junto a ti vieram antigos traços, lidos e relidos,
escritos alheios a mim que hoje fazem todo sentido.

Algo que hoje é verdadeiramente por mim sentido.
Então brinco com esses velhos versos.
Te reescrevo hoje tantos poemas como este,
que são finalmente entendidos por mim.

Tantos poemas à ti escrevi,
mais de cem sonetos, como Neruda.
E hoje todos esses poemas fazem total sentido.

Tantos sorrisos à ti dedico.
Como teus cabelos que sem nós dedilho,
como cordas de um violão que comigo conversa.

E relembro de conversas antigas com Lauro,
onde sem saber ele me explicava que era tu.
Minha musa moça flor.

Hoje, entendo que os versos não precisam de formas delimitadas por pessoas antigas e alheias a mim.
Os versos não precisam de rimas,
versos feitos livremente,
livres como teu sorriso e teu pensar.
Versos que hoje são feitos abstratamente.

Te invento e reinvento palavras,
redefinindo assim o substrato,
que a tanto tempo eu e Elias definimos.
Hoje percebo que o sentido das palavras são somente formados por momentos...
Que hoje são feitos ao teu lado.

E todos aqueles velhos sons quadrados não são mais encontrados.
Perdidos em todas as confusões de nossos pêlos, entrelaçados.
Te escrevo hoje, Beatriz, com um coração que sim, palpita, e uma mente que as vezes raciocina.
Não mais raciono versos,
afinal todos eles são à ti.

Hoje é um dia lindo, com uma noite tão linda quanto.
Não seria certa prendê-la a sonetos e rimas.
Hoje verso à ti, somente sentido todo aquele amor que anos atrás comentava.
Mas realmente acha-lo, não acreditava.
Até que te encontrei nas páginas mais obscuras de meus pensamentos.
Algo que nem Neruda, nem Rogério, Tanto ou PP Condurú podem explicar,
algo que só nós entendemos.
E sem mais nós, nada me entrelaça.
Somente tu tens essa capacidade.
E nesse entrelaço encontro a verdadeira beldade.
-Pedro "Curupira" Costa.

27 de março de 2021.
Belém, Pará.