Branca de Neve cavalgava na frente. A cota de malha pesava em suascostas, o metal frio picava sua pele. Segurou seu escudo, desfrutando decomo o sentia natural em seu braço.
Era exatamente como aquele que seu paihavia usado, o brasão da família estava cravado na parte frontal.
Lembrou-se decomo ele o havia mostrado a ela quando criança, deixando-a passar os dedos sobreos ramos de ouro da árvore de carvalho. Suas raízes afundadas na terra. A parte superior do tronco era apontada em uma cruz, assim como a coroa.
- É um símbolo de força - ele disse, lhe mostrando as raízes. - Isso amantém firme no lugar, ligada à terra, por tudo o que é invisível. Ela cresce emaltura e orgulho.
Ela o segurou, reconfortada com o peso do escudo. Sentia enquanto ouviaas batidas constantes dos cascos atrás dela. Seu pai estava em todo lugar para ondeolhava, na Lua crescente, na mudança das árvores e na rebentação das ondas. Conforme subiam a colina junto à praia, quase podia senti-lo ao seu lado. Virou para trás, olhando para o duque, William e Eric, que cavalgavam atrásdela.
Havia centenas de homens e mulheres os seguindo, seus rostos brilhando àluz das tochas. O exército, seu exército, se estendia pela floresta. Estava surpresapela bravura daqueles que se ofereceram. Garotos com não mais de 15 anos. Mãese pais, camponeses e rebeldes.
Alguns haviam estado em Carmathan,sobrevivendo todos esses anos na fortaleza do duque, e outros ainda haviam saídode seus esconderijos na floresta, levando escassos suprimentos e se juntando àluta. A cada quilômetro que passavam, seu exército crescia.
Agora ela estava nacolina acima da praia, observando o castelo de Ravenna, com algumas centenas desoldados atrás dela.
Enquanto Branca de Neve e o duque seguiam adiante, umgeneral trotou ao lado deles.
- Meu senhor - disse ele, apontando para a costa rochosa abaixo -, sótemos uma ou duas horas antes que a maré suba. Não é tempo o bastante para abriruma brecha nas muralhas do castelo. Ou seremos completamente expostos ou nosafogaremos.
O duque assentiu.
- Existe outra maneira de entrar? Túneis? Cavernas?
Branca de Neve não olhou para eles. Mantinha os olhos no mar negro, nomesmo local de onde emergira na semana anterior. A maré ainda estava baixa.Rochas se projetavam acima das ondas. Notou a abertura no lado da borda dasfalésias, o mesmo esgoto por onde se arrastou para fora. Passou a olhar para a praia.
Os anões já haviam chegado à beira da água eandavam por ali. Agacharam-se na parte rasa, como ela os havia direcionado. Nãolevariam mais de uma hora para chegar à entrada do esgoto. Já estavam no meiodo caminho.
Se estivermos no portão levadiço quando o Sol abandonar o horizonte,ele estará aberto disse firmemente, guiando seu cavalo para descer a colinarochosa.